Natal - Tempo de família
Amanhã é véspera de Natal, tempo de alegria e fantasia, nomeadamente para os mais novos, na ânsia de descobrir os presentes tão aguardados. Noutros tempos, havia mais encanto, porque as crianças só viam os seus tão almejados brinquedos nesta noite mágica; hoje os filhos acompanham os pais nas compras de Natal, e por vezes, já nem chega a ser surpresa as ofertas que recebem, enfim, sinais dos tempos... É uma época de paz e harmonia segundo se diz, mas não deveriam ser todas as outras? Somos solidários hoje, e defensores da paz; para amanhã, ou depois de amanhã, voltarmos a ser o que éramos, seres cruéis, egoístas e sem piedade, para com os nossos semelhantes, para com os animais, para com o planeta que habitamos? Estas são questões com que todos os dias nos debatemos, sempre com a esperança de que daqui para a frente seja diferente, mas normalmente não é, infelizmente. Mas nesta noite, que se consagra por tradição à família, embora esta faceta também se está perdendo aos poucos e poucos, só me resta desejar a todos um Feliz Natal, para além das prendas, que são sempre bem vindas, seja um período íntimo de reflexão para todos os que sofrem e que não têm o aconchego duma família. Não quero deixar de dar a minha sugestão musical, para além dos tradicionais cânticos da quadra, e para a necessária intimidade deste Natal proponho-vos a "Oratória de Natal" de Johann Sebastian Bach ou, em alternativa uma peça não menos interessante, o "Oratório de Natal" de Camille Saint-Saenz, que também pode ser uma excelente prenda se ainda vos falta comprar alguma. E não se esqueçam dêem uma oportnidade à paz, "give peace a chance", como dizia John Lennon.
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