Feliz Natal para todos
Eis-nos chegados, quase, ao fim de mais um ano. É altura dos tradicionais votos de Boas Festas, embora apesar dos tempos irem difíceis, existir sempre a réstia de que para o ano seja diferente, para melhor está claro! Mas por vezes estas efemérides do calendário levam-nos a pensar, melhor diria, a repensar o que fizemos até aqui, aquilo que desejaríamos fazer a partir daqui, embora a vida nem sempre tal nos permita, obrigando-nos, isso sim, a palmilhar os caminhos que garantam o nosso bem estar material, mais até que o espiritual. Estas festas maiores do calendário romano, por vezes trazem a chancela da tristeza e da saudade. Sobretudo daqueles que já não estão entre nós, e que recordamos com mais intensidade nesta época; daquilo que gostaríamos de ter sido e que não fomos; dos sonhos adiados ou destruídos, que nos marcarão para todo o sempre.
Não pensem que me deu para a nostalgia, mas sinto-me cada vez mais, como uma pessoa encravada no tempo, entre dois mundos, não sei se antagónicos ou não, sem passado, porque as referências já não existem; sem futuro, porque a continuidade não foi acautelada; talvez com presente, nem sempre aquele que queria, lutando para que tudo dê certo duma maneira diferente, embora pareça que tudo dá errado inexoravelmente. Diz-se que é na adversidade que crescemos, enfim, vamos tentando aprender com as experiências vivenciadas, que nos amadurecem, nos envelhecem, mas talvez no fundo, nos tornem mais sábios.
Neste tempo em que muitos têm tudo ou quase tudo, e outros nada têm, em que o conforto de uns é contrabalançado pelo infortúnio de muitos, neste mundo cada vez mais desigual, onde as pessoas já não se olham, mas devoram-se, como dizia o Padre António Vieira, (e como ele está tão actual!), é neste universo de encontros, mas sobretudo de desencontros, que vamos tentando sobreviver, onde a moda efémera substitui a tradição; onde a aculturação ganha cada vez mais espaço ao fenómeno cultural e do conhecimento, onde o imediato é valorizado, onde a cultura de chiclete do mastigar e deitar fora tem um enorme altar onde muitos se revêem-se, onde muitos oram; ainda vai havendo tempo para a celebração, se calhar menos sincera, mas mais plástica e descartável, mas contudo, talvez tenha o condão de nos fazer, mesmo que momentaneamente, parar e se possível repensar e esperar que o futuro seja mais promissor do que o presente, e sobretudo, que o passado.
É neste contexto que venho aqui desejar-vos, sinceramente, a todos os que, eventualmente, nos lêem, a todos os (as) amigos (as),
Um Feliz Natal e Bom Ano de 2009
Não pensem que me deu para a nostalgia, mas sinto-me cada vez mais, como uma pessoa encravada no tempo, entre dois mundos, não sei se antagónicos ou não, sem passado, porque as referências já não existem; sem futuro, porque a continuidade não foi acautelada; talvez com presente, nem sempre aquele que queria, lutando para que tudo dê certo duma maneira diferente, embora pareça que tudo dá errado inexoravelmente. Diz-se que é na adversidade que crescemos, enfim, vamos tentando aprender com as experiências vivenciadas, que nos amadurecem, nos envelhecem, mas talvez no fundo, nos tornem mais sábios.
Neste tempo em que muitos têm tudo ou quase tudo, e outros nada têm, em que o conforto de uns é contrabalançado pelo infortúnio de muitos, neste mundo cada vez mais desigual, onde as pessoas já não se olham, mas devoram-se, como dizia o Padre António Vieira, (e como ele está tão actual!), é neste universo de encontros, mas sobretudo de desencontros, que vamos tentando sobreviver, onde a moda efémera substitui a tradição; onde a aculturação ganha cada vez mais espaço ao fenómeno cultural e do conhecimento, onde o imediato é valorizado, onde a cultura de chiclete do mastigar e deitar fora tem um enorme altar onde muitos se revêem-se, onde muitos oram; ainda vai havendo tempo para a celebração, se calhar menos sincera, mas mais plástica e descartável, mas contudo, talvez tenha o condão de nos fazer, mesmo que momentaneamente, parar e se possível repensar e esperar que o futuro seja mais promissor do que o presente, e sobretudo, que o passado.
É neste contexto que venho aqui desejar-vos, sinceramente, a todos os que, eventualmente, nos lêem, a todos os (as) amigos (as),
Um Feliz Natal e Bom Ano de 2009
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