Pi (Π, π)
“É a relação entre o perímetro de uma circunferência e o seu
diâmetro. Denomina-se Pi desde o século XVIII. O seu nome provém da letra grega
pi (Π, π), inicial em
grego de periferia e perímetro. É um número irracional, isto é, pode
exprimir-se de forma exata como quociente de dois números inteiros. Por isso,
os seus decimais infinitos e não periódicos. O seu valor com cinco decimais é
de 3,14159… O empenhamento em obter uma boa aproximação ocupou ao longo da
história muitas das mentes mais brilhantes, algumas das quais dedicaram a vida,
exclusivamente ao número Pi. Por volta do ano 1800 a.C., o escriba egípcio
Ahmes calculou um valor de 3,16³.
Na Bíblia, o Livro dos Reis narra a construção do Templo de Salomão no século X
a.C. e menciona uma pia circular de bronze com uma relação entre diâmetro e
circunferência exatamente igual a 3. Na Mesopotâmia também lhe foi dado o valor
de 3 e, às vezes, de 3,125. Arquimedes, no século III a.C., foi o primeiro a
desenvolver um método de cálculo racional a partir do qual chegou a uma série
cujo ponto intermédio é de 3,141854. O procedimento de Arquimedes
foi utilizado pelo matemático chinês Liu Hui no século III d.C. Aryabhata
conseguiu uma boa aproximação até ao quarto decimal (3,1416) e Liu Hui até ao
quinto (3,14159). Na época de Pitágoras, séculos antes de Aryabhata, Liu Hui e
Arquimedes, ninguém tinha desenvolvido um método de cálculo e não se conhecia
com certeza qualquer decimal de Pi, mas estavam conscientes da sua importância.
O número Pi é imprescindível para o cálculo de circunferências, círculos e
esferas, e para os pitagóricos a figura mais perfeita era o círculo e o sólido
mais perfeito a esfera. Além disso, consideravam que os planetas se moviam
traçando órbitas circulares. Necessitavam do Pi, mas o seu cálculo estava ainda
fora do seu alcance.” – Enciclopédia Matemática, Socram Ofisis, 1926.
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