Em dia de Todos os Santos
Hoje celebra-se o 1 de Novembro - dia de Todos os Santos - embora, desde há muito seja confundido com o dia de fiéis defuntos (ou de finados, como também é conhecido) que só tem lugar no dia seguinte. Tal acontecia por ser feriado. Mas este já deixou de o ser, embora para o comum das gentes, a confusão virou já tradição, e como tal, continua a ser assim. Neste dia vamos relembrando aqueles que já nos deixaram - os ausentes, como costumo dizer - só deles restando a memória. (A romaria aos cemitérios é disso a manifestação mais visível). Mas isso é já por si importante. Enquanto a memória for perdurando, os ausentes nunca morrem porque estão bem perto de nós, vão preenchendo a nossa vida, apoiando os nossos anseios, confortando-nos nas nossas tribulações. A minha galeria de ausentes é muito vasta, daí que este dia assume uma particular relevância. Porque o culto daqueles que já partiram tem raízes fortes na minha educação, não deixo de o celebrar à minha maneira. Se calhar é a mesma maneira de toda a gente, mas gosto de dizer assim, para lhe dar um cunho mais pessoal e intimista. Tempo de memórias, tempo de recordações, tempo em que esses ausentes estão mais presentes, aqui ao esticar da mão. Nesta altura mergulho sempre nas memórias de todos aqueles que já não tenho neste convívio. Sobretudo, os meus progenitores a quem devo o ser e também daqueles que me ajudaram na caminhada da vida. Me permitiram ter um futuro diferente e melhor. Uma educação mais aprofundada. A todos eles venero. Neste dia a saudade é maior, como maior é a dor de já não os ter por cá. A todos vós, que já engalanais a minha longa galeria de ausentes, desejo simplesmente que estejais em paz!
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