"As Cidades Invisíveis" - Italo Calvino
'A cidade para quem passa sem entrar nela é uma, e outra para quem é tomado por ela e já não sai; uma é a cidade a que se chega pela primeira vez, e outra a que se deixa para nunca mais voltar; cada uma delas merece um nome diferente; talvez eu já tenha falado de Irene sob outros nomes; talvez não tenha falado senão de Irene.' Ao projetar a sua própria voz nos relatos de cidades que pontuam o diálogo entre Marco Polo e Kublai Kan, Calvino reencontra essa capacidade dos antigos construtores de fábulas, e sabe transmitir o prazer que aquele que conta tem de suscitar no ouvinte, que é o próprio leitor. Italo Calvino nasceu em Santiago de las Vegas, a 15 de outubro de 1923 e viria a morrer em Siena, a 19 de setembro de 1985. Foi um dos mais importantes escritores italianos do século XX. Nascido em Cuba, de pais italianos, a sua família retornou à Itália logo após o seu nascimento. Formado em Letras, participou na resistência ao fascismo durante a Segunda Guerra Mundial e foi membro do Partido Comunista Italiano até 1956, tendo se desfiliado em 1957. A sua carta de renúncia ficou famosa em 1957 . A sua primeira obra foi 'Il sentiero dei nidi di ragno' (O atalho dos ninhos de aranha), publicada em 1947. Uma de suas obras mais conhecidas é 'Le città invisibili' (As cidades invisíveis) - a que aqui faço referência -, de 1972, tendo como personagens Marco Polo e Kublai Khan. Este livro apareceu nas bancas numa parceria entre o grupo Leya e a RTP, fazendo parte duma coleção - este é o décimo dessa coleção - que esta última está a publicar sobre o nome de Coleção Essencial. A um preço mais barato do que os livros editados diretamente pelas editoras, aqui vos deixo este que tem um particular significado na literatura dos nossos dias.
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