A hora da decisão
Estão à porta as eleições europeias e é tempo de olharmos para o que elas representam. Na maioria dos países - felizmente não todos - estas eleições são olhadas como pouco importantes, daí a sua elevada abstenção. Contudo, há que ter em consideração que estas eleições representam para os países que fazem parte da União Europeia (UE) mais do que as próprias eleições legislativas. Porque é na Europa que se desenham e definem as políticas regionais para cada país, embora nem sempre tenhamos noção disso. Como já afirmei por diversas vezes, cada vez mais as decisões dos governos não são independentes da vontade europeia, o que é normal, à medida que se vai aprofundando o projeto europeu que, infelizmente, está a passar por momentos bem complexos. Contudo, a eleição dum partido - seja ele qual for - vai reforçar a família política europeia em que esse partido se insere e assim definir as políticas globais para a Europa. Assim a importância do voto (que muitos menosprezam) é fundamental. Os governos são cada vez menos independentes do consenso europeu e, para quem segue estas questões, é bem visível o que está a acontecer com o Brexit e o que daí advirá para a Europa e sobretudo para a Grã-Bretanha que será a maior perdedora em tudo isto. Veja-se o êxodo que as sedes de algumas grandes empresas e bancos estão a fazer e para a desconfiança com que os agentes económicos olham para o que será o Reino Unido fora da UE. É bom que tenhamos bem noção do que está em jogo, porque se é assim para os grandes países, o que dizer dos países mais pequenos e periféricos como Portugal. Todos devemos ter em atenção a importância do nosso voto nestas eleições, que mais não é, do que o voto na Europa à qual pertencemos numa altura em que forças anti europeias se posicionam no horizonte. O voto é assim algo de suprema importância que não devemos menosprezar.
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