Turma Formadores Certform 66

Friday, January 15, 2021

Saúde e economia

Voltamos de novo ao confinamento. Nada que surpreenda face ao elevado número de contágios e de mortos dos últimos dias. Fruto da abertura na época natalícia, sem dúvida, mas não só. A nova variante do vírus parece ser mais contagiosa e ela também já por aqui anda. Se tudo isto é justificável e compreensível do ponto de vista sanitário, já do ponto de vista económico não o será tanto assim. A nossa economia que estava em recuperação no início do ano passado, viu-se em queda após o confinamento de Março último. Muitos negócios se perderam e muitos empregos foram destruídos. A economia entrou em colapso como era evidente. Depois foi a tentativa de a reerguer o melhor possível em tempos pandémicos e incertos. Com este segundo confinamento as coisas serão bem piores. Ouvimos o primeiro ministro à uns tempos atrás falar de que não se iria confinar porque a economia não aguentaria. Vimos o líder da oposição a dizer o mesmo. E ambos tinham razão. O confinamento só acontece face ao degradar da situação sanitária fruto do desleixo de muitos que achavam que nada aconteceria. na desbunda natalícia. A situação económica e financeira do país vai entrar em grande perturbação. Muitos empregos se vão perder de novo e muitos não voltarão a criar-se tão cedo. A recuperação será lenta, muito lenta, e com custos que se estenderão por várias gerações porque aquilo que está a acontecer não se resolve tão rapidamente quanto todos nós gostaríamos. E não nos esqueçamos que os apoios que tivermos teremos que os pagar, mais cedo ou mais tarde. Este novo confinamento vai tornar a situação económica do nosso país muito grave com impactos que ainda não temos bem a perceção. Disso não tenhamos dúvidas. Temo o que vem por aí. As nuvens negras estão a formar-se no horizonte e a tempestade não demorará muito a cair sobre nós. O irónico no meio disto tudo é que nos arriscamos a morrer da cura e não tanto da doença. Mas também compreendo que fazer diferente não era possível. Uma teia em que estamos enredados e da qual não conseguiremos escapar tão cedo. 

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