33 anos depois
Passam hoje 33 anos sobre o falecimento de meu Pai, Álvaro. Recordo esse dia como se fosse hoje, bem como as peripécias que aconteceram nas 24 horas que antecederam. Disso já aqui falei e não quero voltar ao tema. O que me interessa hoje é a recordação, a memória dum homem que deixou a sua pegada no mundo. Um verdadeiro andarilho pelo mundo, a quem eu fui buscar este gosto das viagens e da descoberta. De condição humilde foi-se erguendo para terminar a sua vida com muita dignidade. Hoje passam 33 anos sobre o seu falecimento e a memória que fica é enorme, gigantesca. Tínhamos visões bem diferentes do mundo mas isso nunca quis dizer que vivêssemos de costas voltadas. Embora já muita água tenha corrido sob as pontes desde então, a recordação que dele tenho é muito vincada. Ele que até nem gostava de animais, acabou a sua vida rendido a eles pela influência dum cão, o seu Dick, que lhe deram e que ele acarinhou como um filho. O cachorro transformou-o numa pessoa mais humana. O amor que ele tinha pelo meu Pai era tal que morreu um ano depois dele. 'O meu cordeirinho' como ele dizia porque o cachorro ia com ele para todo o lado. Dormia com ele e fez do meu Pai um ser muito melhor. 33 anos depois essa memória fica perene como tudo o que de bom a vida deve ter. Lá onde estiveres que estejas em paz, meu Pai!
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