Passam 23 anos...
Passam 23 anos sobre este dia que foi o da morte da minha Mãe Maria Odette. Era domingo, mas era um domingo especial, era domingo de Ramos. Jamais esquecerei este dia. Jamais esquecerei quem contribui para este desfecho. A minha Mãe foi vítima do assédio de pessoas a quem ela tanto ajudou - talvez alguns familiares dessas pessoas nem saibam o quanto porque a minha Mãe sempre foi muito discreta - mas nem isso impediu que mordessem a mão de quem a estendeu várias vezes para ajudar. Por isso, e talvez duma forma demasiado radical, digo que a minha Mãe foi vítima dum 'assassinato'. Um 'assassinato' de caráter, psicológico, que teve tão funesto desfecho. Depois vieram chorar no meu ombro e pedir perdão (!) como se tal tivesse perdão. (Mas como não sou homem de rancores até lhes perdoei, mas não me peçam para esquecer. Isso não!) Como sou crente só espero que o 'karma', Deus, o Universo, ou seja lá o que for, faça a justiça que não pude fazer, e que ela seguramente clama. Não guardo ódio, porque fui educado fora desse sentimento, mas só pretendo justiça. Assinala-se neste dia 23 anos. As pessoas partem mas a memória delas fica e, sobretudo, a sua pegada nesta vida. Essa ninguém lhe poderá roubar. À distância de mais de duas décadas só a recordação me resta. Só espero e desejo que lá onde estiveres estejas em paz!
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