Tempos apocalíticos
Estamos a viver tempos apocalíticos. O debate Biden vs. Trump mostrou as fragilidades do primeiro e o avanço dum mentiroso e narcisista como Trump. O homem que clama vingança poderá vir a ser de novo o presidente dos EUA. E se assim for, a Ucrânia será retalhada para apaziguar Putin e a Europa estará mais fragilizada do que nunca. A mesma Europa que está a braços com o ressurgir em vários países da extrema direita. As eleições em França são disso exemplo. Um país libertário e libertador hoje a braços com a sinistra Marine Le Pen que nos faz lembrar tempos pretéritos de má memória. Esta ascensão da extrema direita, que não se revê no projeto europeu, pode ter consequências catastróficas para a própria Europa. Este espaço que tem sido de paz nas últimas décadas, nem sempre o foi, e se o projeto europeu fracassar quase de certeza que voltaremos ao mesmo. Estas forças conjugadas entre os EUA e a Europa, caso se verifiquem os piores cenários, poderá levar à tempestade perfeita que nos colocará na rota da III guerra mundial. O mundo está a trilhar uma vereda preocupante sem que, aparentemente, ninguém queira arrepiar caminho: ou porque não o querem de todo, ou porque não podem. Estes tempos apocalíticos que são os que vivemos devem trazer-nos muitas preocupações e angústias. Enquanto uns tantos andam alienados com o futebol o mundo caminha para uma encruzilhada que muitos pretendem não ver. A preocupação deve-nos atingir a todos porque as consequências que daí virão não pouparão ninguém. Estes tempos desafiantes e arriscados devem-nos fazer refletir sobre aquilo que queremos, as opções que fazemos quando convocados para eleições, que futuro desejamos. Até lá resta-nos a ténue esperança de já chegados a vereda da falésia não nos precipitemos no vazio.
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