Turma Formadores Certform 66

Saturday, August 10, 2024

Verdades inconvenientes

Estamos em tempo de Jogos Olímpicos e também o futebol está por aí a começar, por isso decide vir a terreiro apenas e só para falar sobre algumas verdades inconvenientes. Todos temos visto algumas das atividades dos Jogos Olímpicos, e para surpresa de alguns, vemos atletas de vários países a confraternizarem uns com os outros, temos visto atletas a aplaudirem adversários de outros países reconhecendo-lhes o mérito, mesmo de países que infelizmente se digladiam nos areópagos internacionais. Esta realidade não é só para as câmaras, é bem real, conforme um antigo atleta olímpico  português me disse à dias. Estes jovens quase que pagam para treinar, sem ordenados chorudos e mesmo assim dão tudo para representarem condignamente os seus países. Em sentido inverso vemos aquilo que acontece no futebol. Raramente se ouve um elogio a um adversário, mesmo quando este provou ser melhor, e a boçalidade e má educação, aliada a muita ignorância, são regra. Ainda me recordo de há muitos anos atrás, um jornal da especialidade ter publicado uma entrevista com uma 'estrela' desse tempo pertencente a um dos grandes da bola. A páginas tantas o jornalista pergunto-lhe se ele não equacionava tirar um curso, visto a carreira de futebolista ser demasiado curta. O sujeito puxando de toda a sua ignorância, afirmou que não tinha tempo porque treinada de manhã e à tarde, depois tinha que ir jogar bilhar e à noite via a telenovela. Por isso, tinha todo o tempo ocupado! Que coisa mesquinha é esta? Que jovens são estes? Ganhando fortunas que na maioria das vezes desperdiçam rapidamente, em mulheres ou outras coisas quase sempre inúteis, pouco se importam se o seu clube ganha ou não desde que no fim do mês o grande ordenado caia na conta. Isto é a realidade que nos cerca. Dir-me-ão que não é só entre nós. É verdade. Mas com o mal dos outros posso eu bem. Por isso, e porque conheci a realidade dos bastidores do futebol desde bem jovem, onde convivi com muitas promessas que não passaram disso mesmo, é que me afastei deste mundo. Não sou adepto, não frequento estádios, não colaboro com dinheiro para alimentar parasitas. Isto pode ser desagradável, quiçá uma verdade inconveniente, mas que as coisas são assim, não tenham dúvidas. Já  vi muitos jovens perderem-se para ficar indiferente. Poucos são os que mostram as mãos calejadas e cheias de bolhas no esforço para honrarem o seu país. E esses não são os atletas que ganham milhões. Esses têm outras prioridades.

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