Turma Formadores Certform 66

Tuesday, December 24, 2024

Feliz Natal!

E eis-nos chegados de novo ao Natal. Mais um ciclo que se encerra, mais uma ano retirado à nossa existência. Sempre me confronto com um sentimento agridoce em todas as grandes celebrações do calendário porque: ou são pautadas pela hipocrisia, ou pela maldade, ou pela ignorância. O Natal, infelizmente, não foge a esta regra. Este deveria ser um tempo solidário, ou melhor dizendo, mais solidário, mas não é assim. Quem se lembra do seu semelhante atirado para as veredas da vida, por culpa própria ou não isso agora não é o mais importante, mas que ignoramos na nossa sobranceria de quem tudo ou cause tudo tem e acha que nada pode mudar na sua vida. Quantos velhos abandonados nos hospitais sem que os familiares se lembrem se quer deles, podem alegrar-se com o Natal? Quantos velhos abandonados nos lares acham que esta época é mais amistosa para eles? Quantos jovens presos nas garras da ignorância, droga e tantos outros males, pensam do Natal? E nós, o que fazemos para que seja tudo diferente? E se somos assim para os nossos semelhantes, que dizer dos animais que andam por aí. Escorraçados, com fome e frio, sem abrigo para as intempéries, e já agora, dos outros a quem sacrificamos a vida em troca duns minutos de prazer á mesa? E também a natureza terá razões de queixa, especialmente pelo sacrifício de tantas árvores que servirão de ornamento por algumas semanas para logo serem jogadas ao lixo ou para serem queimadas nas lareiras? Será tudo isto Natal? Afinal a que reduzimos o Natal? A um conjunto de prendas, quase sempre inúteis, a uma mesa farta para alimentar a gula, duns ornamentos naturais que podiam ser substituídos por outros artificiais. Onde está a espiritualidade que o Natal encerra? Quem se lembra disso e quem ainda a cultiva? Afinal transformamos o Natal num comércio e nada mais do que isso. Como já aqui disse algumas vezes, esse não é o meu Natal. Nunca o foi em boa verdade. Embora aqui e ali me penaliza por ter cedido em alguns items devido a visitas que pensam de maneira diversa. Mas mesmo rodeado de gente, sempre consegui abstrair-me um pouco para aquela espiritualidade que tão importante é para mim. Ultimamente tem sido assim porque sem essa vertente reflexiva o Natal é apenas mais um dia como outro qualquer. Fiquem lá com a vossa mesa recheada de vidas tiradas em prol da gula, fiquem lá com os vossos presentes inúteis, fiquem lá com a vossa falsa alegria. O meu Natal não é esse. Porque o Natal é tudo menos isso. É o tal tempo de espiritualidade, de rever aqueles que estão ausentes do nosso convívio, de refletir naquilo que foi, ou tem sido, a minha vida. Esse é o meu Natal! Poderão achar estranho, bizarro até, mas pensem que o mesmo penso eu do vosso. Feliz Natal!

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