Turma Formadores Certform 66

Wednesday, December 20, 2006

Lamego terra de História - 3


Aqui estou de novo, com Lamego na mente. Porque será que isto me acontece?... Tenho mais imagens para vos mostrar, sempre através da objectiva a preto e branco, dum tempo de antenho. Assaz mais romântico, tempo de outra História e de outras estórias...

P.S.: A pessoa que gentilmente tem comentado estas fotos, e que espero que o continue a fazer, poderá juntar-se a nós, escrevendo neste blog se assim o entender. Vejo que conhece bem Lamego, porque não escrever sobre curiosidades da terra? Aqui fica o repto...

1 Comments:

At 9:47 AM, Blogger Formadores Certform 66 said...

Meu querido amigo,
No sítio onde está situado actualmente o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios existia antigamente outro local de diversão: desde 1361 que o povo acorria à capelinha dedicada a S.to Estêvão, peregrinando ao longo do desnível de 600 metros até atingir o cimo do monte. Em meados do Séc. XVI o pequeno templo ameaçava ruínas, o que levou o Bispo da cidade, D. Manuel de Noronha, a mandar construir nova igreja, à qual acrescentou nova devoção: uma imagem da virgem com a menina ao colo, que mandara trazer de Roma por ser considerada na «cidade santa» como grande remediadora dos males de que os crentes se lhe queixavam. Mas enquanto a virgem ia respondendo aos apelos dos crentes aflitos, conseguindo remédio para os seus males, o santo parece ficar esquecido das súplicas dos devotos, caindo no esquecimento.
O altar-mor ostenta um trono com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios. Os dois altares laterais são dedicados aos pais da virgem , São Joaquim e Santa Ana. Os azulejos que recobrem as paredes contam a História da virgem e estão assinados por Miguel Costa, de Coimbra. Atente na decoração da fachada: cada espaço possível foi ocupado, não deixando nenhuma parte da parede vazia. Atreve-te a descer o escadório composto por 686 degraus. O primeiro patamar, conhecido por Pátio dos Reis, representa 18 monarcas e sacerdotes de Israel pertencentes à árvore genealógica da Virgem. A decoração de cada patamar e as sucessivas variações de perspectiva, ajudarão a amenizar a peregrinação. E lembro-te que ainda mais difícil seria subi-los..
Ao fundo do escadório abre-se a Avenida Dr. Alfredo de Sousa. Dir-se-iam duas artérias diferentes, devido a uma placa central separadora decorada com esculturas, colocadas em espelhos de água. Essas figuras que aí estão representam as 4 Estações do Ano.
No final da avenida existem igualmente mais duas figuras femininas que seguram potes de onde jorram água. Essas figuras pela forma de como foram esculpidas levaram a chama-las de «cochichos», visto estas darem a entender que estão a falar uma ao ouvido da outra.

Como vês esta cidade tem muitas referencias ao “sagrado feminino”, basta ter alguém corajoso para se dedicar à sua exploração...

Com muitas saudades
Miau Miau

 

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