Beethoven - 180 anos depois
Hoje comemora-se o 180º aniversário da morte desse grande génio da música que foi Ludwig von Beethoven. Foi a 26 de Março de 1827 que este génio nos deixou, cansado de anos de miséria e de afrontas. Com uma terrível doença para um músico, como é a surdez, que ele tanto tentou esconder dos outros, esse grande compositor nunca escutou algumas das suas composições. Elas apenas se desenrolavam na sua cabeça e daí para a partitura, dando algumas das mais belas páginas da música clássica que chegaram até nós. Quem não conhece a 5ª sinfonia! Ele foi ao longo da sua vida um paladino da liberdade, não tivesse sido ele sempre tiranasado pelos seus semelhantes. Quando escreveu a sua 3ª sinfonia, estava-se em plena aplicação das teses saídas da revolução francesa, Napoleão era o seu símbolo, a quem ele dedicou esta partitura. Mas quando soube da sua auto-coroação de imperador, que fazia prever o prenúncio de mais um tirano, ele de imediato rasgou a dedicatória, tendo-a dedicado "à memória dum grande homem". O mesmo princípio se verificou na abertura Coriolano, em que questionava se o herói tinha o direito de se sobrepôr à lei. A sua ópera Fidélio, é mais um exemplo do seu apego à liberdade, normalmente espesinhada pelos poderosos. E como corolário, a 9º sinfonia, com o famoso poema de Schiller dedicado à liberdade, que se transformou no "hino à alegria"(!), mais uma vez, por imposição dos poderosos de então. Esses poderosos de quem ninguém se lembra, apenas ficando a figura soberba do homem que tentaram silenciar, de seu nome Ludwig von Beethoven. Como diria o poeta "triste a vã glória de mandar"... E aí começou o "romantismo" na música.
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