No centenário de Miguel Torga
Aqui venho de novo, e ainda com poesia, que é o melhor para se passar estes dias de Verão. Hoje trago-vos Miguel Torga, no centenário do seu nascimento, o homem que dizia "vim do povo, sou do povo e povo quero morrer". Não deixem passar ao lado este grande poeta transmontano.
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
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