A crise financeira e a recessão
A crise aí está. Ela já era visível há já algum tempo, mesmo para os mais distraídos. Atrás deste cenário vem o cortejo do desemprego, do empobrecimento das famílias e tudo o mais, numa vertente apocalítica que não sabemos onde termina. É normal, e eu estou de acordo, que os políticos digam que a crise vai acabar já ali ao dobrar da esquina, porque é necessário manter a moral em alta das respectivas populações, mas as coisas não serão, infelizmente, assim. A crise veio para durar, estamos na vereda duma situação semelhante à que afectou a economia americana e as economias mundiais nos anos 30. Talvez esta seja mais grave, até porque as populações habituaram-se a um nível de vida bem melhor, e o crédito às famílias está dessiminado por aí. Como já defendi em vários textos, alguns dos quais neste blog, estamos perto das condições que levaram ao eclodir da II Guerra Mundial, lembram-se dum famoso livro de Horace Maccoy que tinha por título "They Shoot Horses, Don't They?" e que foi magistralmente passado ao cinema por Sidney Pollack com o título de "Os Cavalos também se Abatem"? Aí estava retratada uma época diferente da nossa, mas com as condições semelhantes às que vivemos hoje. Só nos resta esperar que as coisas se equilibrem e que não cheguemos à III Guerra Mundial, essa sim, apocalíptica que nada deixaria para o futuro. Vamos torcendo para que se não entre em deflacção, embora estejamos muito perto, porque então as coisas seriam bem piores. Vamos tentando resistir à crise, pensando que ela também pode ser um nicho de oportunidades para os mais afoitos, de que venhamos todos, ou pelos menos alguns a beneficiar. E não se deixem iludir pelos cantos das sereias políticas que por aí andam, a crise continuará, seja qual for o governo, porque é algo mais profundo, e que só o eleitoralismo serôdio pode fazer crer que assim não é.
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