Turma Formadores Certform 66

Sunday, November 23, 2014

Hoje estive com o meu Repinhas

Como habitualmente fui hoje ao local da matilha de Rio Tinto dar de comer a um único animal que por lá ainda anda. Chama-se Repinhas e conheço-o e alimento-o desde que nasceu. A sua mãe a Sheila já de lá desapareceu há muito tempo. Não sei o que lhe aconteceu. Talvez tenha morrido, o que até seria o melhor para ela depois do muito que sofreu. Só espero é que não esteja por aí em sofrimento, terrível destino para quem tanto já sentiu do destino e da vida. A incerteza sobre o que lhe aconteceu trás-me angustiado, mas nada posso fazer. Apenas esperar que o destino se tenha apiedado dela, finalmente. Assim, o seu filho o Repinhas é o único que por lá anda. E hoje fiquei feliz porque, embora tenha chegado lá mais cedo do que o habitual, ele estava à minha espera e logo veio ter comigo a correr e a abanar a cauda. Comeu algumas das coisas que lhe levei. Ainda lá ficou muita comida. Espero que não venha a ser roubada, como volta e meia acontece. Mas hoje, estou feliz porque vi o meu querido Repinhas, e sei que ele ficou feliz por me ver também. Já não o vi-a a algum tempo. E as saudades doíam, e a incerteza que sempre tenho, sobre a sorte destes pobres animais enjeitados pela fortuna, não magoam menos. Mas hoje ele estava lá. Está bonito dentro das circunstância. Mais gordito. Aparentemente feliz. Que a fortuna te proteja Repinhas. Que o destino te guarde das intempéries que por aí começam a chegar e, sobretudo, dos humanos que já tão mal te fizeram. Não todos certamente. Porque ainda há pessoas que se importam com ele, como eu e um punhado de amigos. Boa sorte, Repinhas. Que continues feliz, com saúde e em liberdade. A liberdade com que nasceste, a mesma com que tens vivido e, assim espero, aquela que te há-de acompanhar no fim dos teus dias. Bom domingo, Repinhas. Hoje fizeste-me feliz. E sei que também te fiz feliz. Amén.

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