O drama dos refugiados ou a cruzada do Oriente?
Todos os dias nos entram portas adentro o drama dos refugiados, daqueles que fogem à violência da guerra, às violações e torturas, às decapitações. Aqueles que pretendem deitar-se em paz, e acordarem do mesmo modo, sem o medo estampado no rosto e na mentes, se esse será o seu derradeiro dia de vida. Pessoas que se metem em barcos frágeis controlados por máfias que tudo lhes roubam, desde logo a dignidade, depois até a vida. Pessoas que se fazem ao mar numa viagem que pode ser a da morte, trazendo consigo meia dúzia de coisas, e a família, por vezes numerosa, como é usual nessas paragens. Gente tão humana como nós, que arrisca tudo, face à incerteza do futuro e até da vida nas suas terras de origem. Enfrentam outros países, outras mentalidades, outras culturas, que muitas vezes têm receio em os aceitar, menos pelas diferenças, mas sobretudo, pelo rótulo que outros lhes tentaram colar. Esse é um drama humanitário sem precedentes, só comparável ao que se viveu na II Guerra Mundial. Contudo, chegado aqui, e sem por em causa a vida e a dignidade dessas gentes que invadem a Europa, um receio me avassala. Dentre essa gente, alguns parecem mais soltos, sem as tradicionais famílias atrás de si, que me levam a pensar se não serão um outro tipo de gente, pessoas infiltradas que trazem o ódio no seu seio, não das dilacerações dos seus países de origem, mas a todo o Ocidente, uma espécie de cruzados, sem a exposição destes noutros tempos, mas agentes que se infiltram para buscar a confusão, minar as instituições que os acolhem, enfim, fazer a conquista da Europa duma forma mais subtil, já que no confronto militar poderão não ter tanto sucesso assim. O auto-proclamado estado islâmico já, por mais de uma vez, indiciou o interesse de reconquistar o Al-Andaluz para as suas cores. Um interesse que vem desde a Idade Média, desde as cruzadas. E nesse Al-Andaluz inclui-se Portugal e Espanha, para aqueles que não o saibam. Essa ideia rumina na minha mente há muito. Ainda há bem pouco tempo, circulou uma foto dum jihiadista que se teria infiltrado entre os refugiados e estaria algures na Europa, onde foi fotografado. A maneira como vemos alguns ultrapassarem as barreiras que os Estados lhes colocam à sua entrada a esmo, parece indiciar um certo treino militar e alguma preparação física. Isso é visível diariamente em imagens que as televisões levam até todos nós. No entretanto, apesar das dificuldades que os governantes europeus vão mostrando face ao problema para o qual não se entendem quanto à sua resolução, parece que a maioria das gentes vive o seu dia a dia sem preocupação como se nada de mal lhes pudesse acontecer. Isto pode parecer desumano da minha parte, mas é uma preocupação que me ocupa a mente há demasiado tempo para ficar indiferente à questão. Não pretendo com isto me assumir aqui como cínico, como desumano e desapiedado face a um drama humanitário sem paralelo nestes tempos mais recentes, mas também não quero fazer a figura do ingénuo que acha que tudo o que aparente é. Não é meus amigos, disso estou certo. E a atenção tem que ser redobrada embora não ostensiva e humilhante. Vejo gente que aparenta muitas fragilidades até culturais a falarem em inglês para as televisões. Isso me dá um sinal de alerta, dum alerta sereno mas firme, que motiva uma vigilância aturada. Ser solidário sim, ser ingénuo é que não. E já agora, estejamos atentos a uma outra invasão, bem mais ordeira, metódica e cordata, como é a vinda aos magotes de chineses para a Europa. Para além do terrorismo que os primeiros podem ser portadores, é a desconfiguração da Europa que os segundos pressupõe. Enfim, a alteração de paradigma deste continente pode estar iminente. E tudo parece ir bem para tanta gente que se sente segura nesta areia movediça do mundo em que vivemos.
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