1º de Maio

Dia do Trabalhador, o 1º de Maio é uma data com forte carga política. Desde o século XIX que é celebrado. Dia de homenagem aos que trabalham, bem como, aquelas que no século XIX ousaram desafiar os poderes instituídos e foram sacrificadas por isso. Dia de unidade e não de unicidade. Porque a unidade deve existir sempre na busca de maior justiça social, mas tal não significa que haja um só caminho para lá chegar. Em 1974, no primeiro 1º de Maio em democracia, houve a unidade total mas não unicidade. Alguns pensaram que sim as coisas poderiam ter corrido mal. Mas o bom senso imperou. Hoje celebramos mais um 1º de Maio, numa altura em que há uma nova esperança a passar por aqui. As pessoas estão mais confiantes, mais esperançosas. Acreditam que é possível fazer diferente. O discurso do Presidente da República no passado dia 25 de Abril, nas cerimónias na Assembleia da República, foi um catalisador. Essa esperança anda por aí, contrariando as previsões mais sombrias daqueles que nos arrastaram para um beco sem saída. Não negando o esforço necessário para repor equilíbrios, mas denunciando quando se pretendeu ir mais além, para um ajuste de contas ideológico sem sentido. Estes ou mudam ou a História os julgará, mais cedo ou mais tarde. Mas o importante é que a esperança voltou. Ela está ali. À nossa frente. Quase a podemos tocar. Viva o 1º de Maio!