10 de Junho
'A 10 de Junho de 1580 morria o corpo de Luís Vaz de CAMÕES, que foi sepultado só Deus sabe onde. O sumo poeta lusitano escapava à ignomínia de ver a sua Nação, que tanto exaltara, submetida ao arbítrio de monarca estrangeiro. Camões morria muito pobre, esquecido e triste, por ver que veio "Cantar a gente surda e endurecida."/ " O favor com que mais se acende o engenho/ Não no dá a pátria, não, que está metida/ No gosto da cobiça e na rudeza/ Duma austera, apagada e vil tristeza". Mas não pôde o poeta deixar de sofrer a grande catástrofe da derrota de Alcácer Quibir, ocorrida 22 meses antes. O suposto túmulo de Camões existente no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, Lisboa, deve ser um cenotáfio - túmulo vazio. Um cenotáfio não encerra restos mortais, mas pode descerrar a alma eterna que imortalizou a sua Pátria numa obra de valor e significado universais. Enquanto houver "Os Lusíadas" e uma História Lusa honesta e verídica, Portugal nunca morrerá, venha quem vier: a União demoníaca, o Regime estrangeiro, a "Crise", Mamona ou o próprio Satanás. Camões, a Língua Portuguesa e o Povo Português, nos protegerão sempre. Logo, fazer do dia 10 de Junho o dia de Portugal em toda a sua extensão mundial, é uma ideia brilhante que iluminará a nossa Fé e a nossa Esperança. Requiescat Ludovicus In Pace. Requiescamus nos etiam in Pace. Nunca te esqueças, haja o que houver, de que és PORTUGUÊS!'
J. R.
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