Turma Formadores Certform 66

Sunday, April 09, 2017

Domingo de Ramos

O tradicional domingo de ramos aí está. O pré-anúncio da Páscoa. Um ato simbólico que pretende relembrar um outro, bem mais definitivo, o da entrada de Jesus em Jerusalém, já lá vão mais de dois mil anos. Simbologia dum Cristianismo nem sempre assumido por muitos, mas sempre celebrado por todos. Uma contradição entre muitas outras em que muitos mergulham. O Cristianismo é pródigo em situações destas. É a única religião que conheço que se esconde atrás dum eufemismo do ser ou não praticante. Uma hipocrisia, mas enfim!... Nunca percebi isso, mas parece ser assim. Mas este dia, mesmo para aqueles que acham que a sua 'inteligência' rejeita tão absurdo momento, acabam por participar dele ativamente. Mas porque este também é o dia consagrado à visita aos padrinhos, este também é um dia especial para nós. Porque cumprindo a tradição - sempre a tão amaldiçoada tradição - aqui recebemos a nossa afilhada Inês. Alegre e prazenteira como de costume, irrompendo pela casa como faz todos os dias. Portadora da alegria que só uma criança é capaz de ser portadora em toda a sua pureza, esta minha afilhada irradia como sempre, essa luz muito especial que é apanágio desses seres luminosos que por vezes tocam as nossas vidas. (E não pensem que digo isto por amor de padrinho babado. É mesmo assim, mas perdoem-me não ir mais além). Para uma criança como ela, esta data não tem nenhum sentido especial. Porque para ela este dia é repetido diariamente ao longo da semana. É apenas mais um momento de estar com os seus padrinhos de que tanto gosta e que estes tanto a adoram. Mas é mais um dia de celebração. Um daqueles dias que nós, padrinhos, assumimos como nosso. (Afinal, e por ironia do destino, não existe nenhum dedicado a esta categoria de pessoas, os padrinhos!...). É domingo, solarengo e quente. Mas é também um dia de memórias - lá estou eu com as minhas memórias a cruzarem-se no pensamento - aquelas de que ontem aqui fiz eco. (Nunca consigo desligar a memória da morte da minha Mãe deste dia). E era então, também domingo de ramos, solarengo e quente. Mas a vida tem que continuar. E sobretudo ser celebrada. E nada melhor do que ela ser transportada nas mãos ainda frágeis duma criança. Bom domingo de ramos para todos.
(P.S.: A nossa afilhada Inês resolveu trazer aos seus padrinhos algo em que ela deixou o seu cunho pessoal. As pinturas são da sua autoria. Como isso nos aconchega a alma!... Obrigado, Inês, que continues a percorrer a tua estrada de luz é aquilo que mais te desejamos.)

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