Turma Formadores Certform 66

Thursday, July 27, 2017

Quando já nem a vergonha resta

Na política não pode nem deve valer tudo! Sejam quais forem as razões, sejam quais forem os quadrantes. Isto a propósito de umas insinuações dum grupo de gentes do PSD e uns tantos do CDS sobre uma tal famosa lista secreta de mortos de Pedrogão. Toda a gente já percebeu o desnorte que assola estas hostes. As do PSD sem projeto, sem alternativa, sem discurso, numa fuga em frente sem saber sequer para onde ir. Mas o importante não é para onde vão, o importante e agitar, - dentro daquilo que criticavam a uma certa esquerda mais radical -, não vai assim à tanto tempo. Quanto ao CDS, um pequeno grupo que não tem ambição a ser mais do que aquilo que é, e para irem mais além, sempre estarão prontos a aliar-se ao PSD ou ao PS, porque doutra maneira não passam da insignificância que têm desde a sua existência. (Mas tudo isto tem a ver com os próprios e ninguém tem nada com isso). Cada um é o que é, mesmo na pequenez, têm o direito de opção. Mas, quando para se fazerem notados, tenham que brincar com vidas perdidas, com famílias destroçadas, com desespero e angústia das populações, é tempo de dizer basta. O colocar-se em bicos de pés, a gritar numa esteria coletiva, a demissão deste e daquele, o seu líder a inventar suicídios que apenas aconteceram na sua torpe imaginação, a envenenar as populações com a vinda dum tal diabo que afinal não veio, tudo isto dá bem a dimensão a que alguns partidos políticos chegaram. Estou certo que, daqui a uns anos, se se fizer a retrospetiva deste período, os protagonista de hoje, sentirão vergonha de si próprios. Isto se ainda lhes restar algum deste sentimento que parece não abundar por essas paragens. Os outros, bem mais pequenos, - sempre sendo muleta de alguém -, nem discurso chegam a ter. É ver nos telejornais como usam o discurso do outro porque já nem imaginação têm para fazer diferente. Isto é, de facto, duma pobreza enorme e dá bem a dimensão da qualidade desta gente e do contributo que dão para a democracia. Todos que me seguem neste espaço sabem que não morro de amores por Costa, o que até me dá mais autoridade para falar destas matérias. Por vezes interrogo-me como qualquer cidadão consciente e atento, será capaz de confiar o seu voto a esta gente tão pequena que, na maioria dos casos, se perderem o tacho político, nem sabem o que fazer na vida. Minha gente, quando não se tem assunto, ou não se tem categoria para falar do que quer que seja, então será melhor estarem calados. É um conselho que vos deixo porque capitalizam mais assim do que a bílis que vomitam pela boca fora todos os dias. Já começa a ser insuportável ouvir-vos. Pela parte que me toca, nem sei o que dizeis, porque de vós nada de construtivo virá seguramente. Os partidos que representais já foram grandes instituições dirigidos por estadistas. Sim, estadistas! Talvez não saibais o que isso significa, mas consultai a vossa história e tereis a resposta. Basta olhar para a qualidade da Assembleia da República à um par de anos atrás, e olhar para a atual. É um exercício que vos peço e não penso estar a pedir algo de muito complicado. Agora, meus senhores, não brinquem com os sentimentos das pessoas, sobretudo daquelas mais fragilizadas. A PGR divulgou a famosa lista e logo foram apressar-se a fugir à conferência de líderes e à convocação duma sessão extraordinária na AR. Assim não, é que para se ter falta de vergonha é preciso ter alguma classe. E vocês não a têm de todo.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home