Finalmente saímos do 'lixo'
Na sexta feira passada, e duma forma inesperada, a Standard & Poor's - uma das três agências de rating mais importantes - tirou Portugal do 'lixo', ou seja, deu à economia portuguesa a classificação de BBB-, acima da linha vermelha. (Desde logo, isso tem implicações juntos dos investidores que passam a ter mais confiança no rating da República, mas também faz com que, Portugal consiga obter financiamento duma forma mais favorável e diversificada, para além do impacto positivo sobre a dívida pública). Isto é importante, sobretudo nesta altura, quando o Banco Central Europeu (BCE), se prepara para diminuir a compra de dívida dos países em cerca de cinquenta por cento. Era algo já esperado desde algum tempo, mas que só a teimosia e um certo olhar enviesado sobre o atual governo português, veio a adiar. Mas os resultados têm sido tão fantásticos que já não podiam continuar a fazer de conta que não se passava nada. Agora estão criadas as condições para as outras duas agências - Fitch e Moody's - lhe seguirem os passos. Mas se isto traduz que a governação está no caminho certo, e que a estratégia de Mário Centeno tem sido brilhante, esta atitude também pode indiciar que Centeno está bem posicionado para vir a liderar o Eurogrupo. Nada em política e em economia, - as duas andam sempre juntas para o bem e para o mal -, acontece por acaso. Talvez este seja o sinal para que o Eurogrupo veja em Centeno o líder de que precisa. Não se questiona a subida de rating, mas deve-se questionar o tempo em que tal aconteceu. Todos foram apanhados de surpresa. Seja assim ou não, isto foi um passo importante para o nosso país e vem demonstrar que as opções feitas à dois anos, não eram assim tão disparatadas. Claro que nestas coisas sempre aparecerão outros a reivindicar o seu quinhão, e fá-lo-ão a todo o custo, porque sentem que, cada vez mais, a realidade lhes demonstra que as previsões catastrofistas, afinal, não tinham razão de ser. Mas isso, é a espuma dos dias, o importante é que o nosso país virou uma página importante. Aos portugueses estas coisas ainda demorarão a chegar ao seu bolso porque nada disto tem efeitos imediatos nas populações. Mas a manter-se o rumo, (como terá que acontecer), em breve todos nós o vamos sentir duma forma clara. Por agora é tempo de celebrar. Logo a seguir é tempo de continuar com a mesma determinação que se teve até aqui. Nada é definitivamente adquirido, nem em política, nem em economia, daí o não nos deixarmos embriagar com o êxito recente e deixarmos de olhar para o futuro.
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