1º de maio
Mais um primeiro de maio surge no calendário. Hoje celebrado, noutros tempos, não. Consagrado ao trabalhador, - donde tomou o nome -, o 1º de maio tem vindo a servir muitos interesses de muitos protagonistas. Data que pretende recordar as trabalhadoras vítimas de violência em Chicago, naquilo que ficou conhecido como o 'massacre de Chicago', e que viria a tornar-se numa data simbólica para o Dia Internacional dos Trabalhadores. Já poucos conhecerão esta história. Fica os interesses corporativos de alguns, (nem sempre preocupados com os trabalhadores que dizem representar), onde muitas vezes, - para não dizer quase sempre -, se cruzam os conflitos políticos de ocasião. Penso que é justo que se celebre o dia do trabalhador, - já que temos dias para quase tudo -, mas já não será legítimo que se manipulem trabalhadores genuínos como estandarte para outros jogos. Apesar disso, é importante a sua celebração, (porque trabalhadores somos a esmagadora maioria de todos nós), e como tal, é bom sentirmos que também nós fazemos parte das celebrações. Longe vão os tempos negros de Chicago, como longe vão os tempos duma certa unidade que só se viveu no 1º de maio de 1974. Hoje o 1º de maio tem outros entendimentos, seja o da luta política partidária, seja o da bifana e da cerveja. Cada um a seu modo vão desvirtuando as comemorações. Talvez seja natural. Afinal a História está cheia de efemérides que não passam de sombras que os livros de antanho nos relatam. Viva o 1º de maio!
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