Turma Formadores Certform 66

Monday, September 10, 2018

Requiem por um equídeo

Fui surpreendido há um par de horas atrás pela notícia dum pequeno cavalo que teria morrido no local que ocupava há muito tempo na zona de Rio Tinto. Conheci este cavalo à um par de anos quando ia alimentar o Repinhas. Este cachorro coabitava no espaço em que este pónei vivia. Sempre que lhe levava comida, e fi-lo durante pelo menos dois anos, ele comia tudo o que eu tinha. Não sei se por fome ou não. Confesso a minha total ignorância para lidar com cavalos. Juntamente comigo, a minha querida amiga Paula Maia também por lá passava. (Passou até a fazê-lo diariamente, e penso que era a única que o fazia, depois de eu ter deixado de por lá passar após o resgate do Repinhas). Ela como eu com uma total ignorância de como lidar com estes animais. Nunca lhe conheci o dono, - embora o tivesse -, mas era como se não existisse. Penso até que o cavalo vivia das esmolas alheias, porque os cães, os porcos e, mais recentemente, as cabras, lhe comeriam tudo. Hoje quando a Paula por lá passou, soube através dum senhor que também ia lá por caridade, que o pobre animal tinha morrido. Andava por ali ao deus dará, sem que ninguém cuidasse dele. Tentou-se em tempos resolver a situação, e até havia pessoas disponíveis para o acolher. Nunca o deram embora não cuidassem dele. Há um par de meses vi umas fotos que a Paula publicou e era visível o seu estado de magreza. Ou por fome, ou por doença, era claro que o animal não estava bem. Mas ninguém reparou nisso - ou simplesmente não se importaram, afinal era apenas um animal - e o seu presumível dono nem queria ouvir falar disso. Hoje foi o último dia da sua pobre vida. Talvez até tenha sido uma benção para ele. Se calhar agora atingiu a paz que nunca teve em vida. Nunca lhe soube o nome, nem sei se o possuía. Por isso lhe chamávamos 'Cavalinho'. Sempre que nos via aparecia. Hoje não, nem o fará nunca mais. Descansa em paz, Cavalinho!

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