Centenário do Armistício da I Guerra Mundial
Passam hoje 100 anos sobre a assinatura do armistício que pôs fim à I Guerra Mundial. O Armistício de Compiègne, foi um tratado assinado em 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão. Quando tudo parecia que tinha terminado e a Europa se tinha libertado do pesadelo, logo as contradições do pós-guerra foram germinando criando o caldo que viria a dar lugar a um outro conflito ainda mais devastador cerca de duas décadas depois. A República de Vichy que tentou governar a França é bem disso exemplo. Neste conflito participaram cerca de dez mil portugueses, mal preparados, mal equipados, mal treinados. Muito deles não veriam mais a sua pátria. E aqueles que tiveram a sorte de voltar, embora aparentemente bem, traziam no seu corpo o germe de doenças que mais tarde os ceifariam, fruto dos gases inalados nas trincheiras. Foi o caso do meu avô paterno, que nunca conheci, que foi combatente em La Lys e que poucos anos após o seu regresso morreria de forma atroz segundo ouvi muitas vezes contar em casa. Hoje celebra-se o centenário do armistício, mas melhor seria que se celebrasse o fim dos muitos conflitos que no mundo trazem a morte, a destruição e a miséria. Mas como tal não é possível, apenas o é na forma de utopia, que celebremos esta data e esperemos que dela se tirem as devidas ilações.
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