28 anos depois do seu desaparecimento
Cumpre-se hoje o 28º aniversário do falecimento do meu avô materno e padrinho José. Com ele vivi até à idade adulta. Ele foi um mentor importante na minha formação, quer na formação académica, quer na outra, a primordial, em casa. Cedo percebeu as mudanças do mundo e sempre me incentivou a ir mais longe. Empregado bancário, - que era uma profissão muito apreciada na época, bem longe da banalidade dos nossos dias -, fez com que o meu avô contactasse com muita gente de índole superior à sua, mas onde bebia o conhecimento que aplicava na sua vida. Esse trabalho de evolução foi ajustado a mim com vista a uma vida, que ele achava e bem, seria mais exigente no futuro. Vai daí a exigência educacional que me impôs, (frequentando as melhoras escolas da época coisa que para ele era determinante), sempre viu e projetou mais à frente, bem mais longe. Em casa, era também o mesmo rigor de educação onde não havia espaço para a boçalidade tão comum nos nossos dias. Lembro-me das brincadeiras que ele comigo fazia, mas também das horas de estudo que tinha, - mesmo em tempo de férias -, para, segundo ele, não esquecer o que tinha aprendido no ano transato. Recordo as vezes com que fui com ele buscar os ramalhos para fazer a cascata para os santos populares, mas também, da maneira como me fixava metas que tinha que ultrapassar. Não me esqueço de mais tarde, ele contemplar com orgulho o percurso do seu neto e afilhado, mas nunca deixando de me incentivar e marcar outros objetivos, outras metas a atingir. Assim foi a minha vida com este avô e padrinho que tão gratas recordações encerra na minha memória. Passam hoje 28 anos sobre o seu desaparecimento mas, apesar da distância temporal, não posso deixar de aqui trazer a lembrança deste grande homem, - humilde mas determinado -, a quem eu tanto devo. Lá onde estiveres, avô José, espero que estejas em paz!
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