Já passaram 30 anos
Passam hoje 30 anos sobre o falecimento da minha avó materna e madrinha, Margarida. Apesar do longo tempo já decorrido, lembro-me bem dela. Ela foi a minha mentora e a minha segunda mãe. Vivi com ela até quase à idade adulta e dela guardo sempre a ternura com que me apoiava, mas também a força indomável que punha em tudo o que fazia. Dizem que é uma caraterística das Margaridas. Pela parte que me toca acho que sim. Sempre recebi dela aquela força adicional, quando as minhas fraquejavam; a crença em torno dum determinado objetivo, quando me desfocava dele; a fé profunda, quando a minha era abalada. Dela guardo tudo isso porque a ela devo muito do que foi o meu percurso de vida. Passados 30 anos, recordo com saudade, aquela senhora já velha e gasta pelos anos, mas ainda com aquela força que animava os demais. Foi uma referência para mim. Foi com ela que estive nos momentos mais complicados da minha então jovem vida, e dela recebi essa vontade de ir em frente. Ao fim de 30 anos resta a memória. Para ser justo, mais do que a memória porque pessoas assim, que nos marcam para a vida, são sempre mais do que memória. Neste dia, que é o dia do seu falecimento, aqui a quero recordar e publicamente homenagear. Na foto que publico ela aí está junto do seu marido, o meu avô e padrinho José, um casamento que durou mais de seis décadas. Ela que tem um lugar privilegiado na minha galeria de ausentes. Lá aonde estiveres, avó Margarida, espero que estejas em paz!
0 Comments:
Post a Comment
<< Home