Mais um aniversário com muitas memórias
Celebro hoje mais um aniversário. Na minha idade já devia ter como fim último o deixar de celebrar, mas enfim, a ditadura do calendário a isso obriga. Mas neste dia, (que não costumo celebrar), não é de mim que quero falar, afinal sou o mais irrelevante. Mas antes trazer à colação aquela que me trouxe dentro dela até a este dia de à 65 anos atrás e me colocou no mundo. A minha Mãe. Uma Mãe quando trás um filho dentro de si, deve estar eufórica do milagre da natureza; mas quando o faz nascer, é a realização desse mesmo milagre, o concretizar dum sonho. Depois é o desfilar de expectativas: do que será, o que poderá ser, como será. E assim se vai começando a desenhar uma estrada para a vida que queremos sempre o mais plana possível e de veredas verdejantes. Sabemos que não é assim, mas os escolhos que ela nos coloca no caminho também é uma maneira de aprendermos, de crescermos, enfim, de sermos mais nós. Por isso, neste dia que pretensamente seria o meu dia, quero aqui trazer a memória cada vez mais longínquo mas simultaneamente tão presente da minha Mãe. Afinal ela foi a que fez o milagre da vida acontecer. E o que sofreu para isso, segundo vim a saber mais tarde. Mas uma Mãe esquece tudo isso quando tem um filho nos braços. E assim continuou até ao dia que partiu da minha companhia. Este é também, - e talvez com mais propriedade -, o seu dia, o dia em que o milagre aconteceu. Neste dia é a ti, minha Mãe, que quero recordar. Lá onde estiveres que estejas em paz e feliz como o estiveste à 65 anos atrás.
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