Memórias em tempo de Natal - II
De novo aqui trago o postal que sempre faço, ano após ano, que pretende celebrar - à sua maneira - os momentos maiores da minha vida. São as pessoas que aí aparecem que formaram a minha família nuclear, (que me deram o ser e a formação para melhor olhar para o mundo e entender os seu ruídos). São os animais que preencheram a minha vida - e neles quero também lembrar os outros, errantes ou não, que ajudei - e que me ensinaram a ser uma pessoa melhor, a olhar para um mundo impiedoso com um coração que pretende sorrir mesmo quando chora. É a natureza, - nossa envolvência comum que nos permite viver -, e que tão vilipendiada é por todos nós, especialmente nesta altura. Tudo este singelo postal pretende encerrar. Talvez duma forma tosca, mas seguramente sentida. Cada foto foi escolhida com cuidado porque cada uma representa um momento particular da minha vida. Estas também são memórias que já passaram mas que fazem parte do meu Natal. Um Natal bem diferente do usual, onde a mesa opípara, os presentes e as luzes a brilhar, dão o tom. Este ano fruto do confinamento estaremos mais dentro do nosso núcleo familiar. Talvez esse seja um outro Natal - a que costumo chamar de primordial - onde a espiritualidade ocupa um lugar central. Onde as memórias marcam mais do que tudo o resto. Este também é um Natal - o meu Natal longe dos costumes economicistas - que este postal pretende encerrar. Enfim, um Natal diferente, quiçá mais tradicional. Porque há dias assim onde o coração fala mais alto do que a mente. Mas nem por isso deixa de ser Natal.
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