Coisas pequenas, felicidade grande
5,30 Horas da madrugada. Temperatura amena. Vento forte. Chuva em abundância. Um cocktail perfeito para o meu habitual exercício. Fato de treino impermeável, auscultadores com a habitual música clássica. 10 quilómetros para percorrer. Ninguém na rua, afinal tudo está em confinamento. Só eu e a chuva que caía tocada pelo vento numa sinfonia perfeita com aquelas riscas brilhantes que a iluminação pública provoca. Quilómetro atrás de quilómetro lá fui percorrendo a minha via sacra. Os sons das grandes obras a emoldurar o cenário. À medida que ia deixando para trás os quilómetros percorridos, comecei a ver um ou outro carro que fazia aparição na estrada. Mais adiante uma ou outra pessoa que corria para se abrigar na esperança de que o transporte público chegasse depressa para a conduzir ao local de trabalho. E eu ia deixando tudo isto para trás porque tinha ainda muito percurso a fazer e era urgente fazê-lo. Alguns olhavam para mim incrédulos, nada diziam, mas o seu olhar era eloquente. E assim, o percurso foi sendo cumprido até ao destino último. Depois foi o banho retemperador e o recomeçar dum novo dia. Coisas simples e pequenas que nos podem elevar à felicidade suprema. Bom dia para todos!
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