Incongruências ou talvez não

Estamos a viver momentos únicos nas nossas vidas. Esta pandemia que nos tem assolado leva-nos a pensar noutros tempos como os da peste negra ou da gripe dita espanhola. Qualquer um de nós, certamente, nunca pensou passar por isto. Mas também nos faz pensar sobre todo o mediatismo que ela encerra. Como já aqui afirmei, não sou dado a teorias da conspiração, mas isso não significa que não me interrogue sobre o mundo que me rodeia. Um médico à dias dizia que o cancro tem matado mais que o covid-19 e nunca chegamos a ver o mundo a confinar, a economia a mudar radicalmente, a ordem económica a sofrer tantas alterações que a põem em causa. Será a isto que se chama a nova ordem económica e social? No século passado fomos assolados por uma grave epidemia como foi a Sida que tem matado muita gente, e nunca se assistiu a nada disto. A quem interessa todo este mediatismo? As informações diárias sobre o tema, numa estatística digna dum qualquer campeonato futebolístico, só serve para assustar as pessoas. Será esse o objetivo? Outras epidemias nunca tiveram tal interesse mediático como esta. Porquê? Até as campanhas de vacinação são escrutinadas como se se tratasse dum questionável movimento económico mundial. Toda esta globalização parece ter um interesse maior do que a simples doença. Será assim? Porque nunca assistimos a nada igual no tempo das nossas vidas. Como atrás disse, não sou dado a teorias da conspiração, mas isso não deixa que me questione. Porque o simples questionar parece ser o maior incómodo. Até as redes sociais se sentem incomodadas quando falamos do tema. Porque não o fizeram noutra altura com outras epidemias? Tudo parece estar concertado a nível mundial numa espécie de orquestra global dirigida por um desconhecido maestro com intuitos que, para muitos, não são claros. Será que tudo isto está a conduzir a uma alteração do modo de vida global como alguns defendem? Será que tudo isto está a conduzir a uma alteração da ordem social e económica para uma outra que ainda não é percetível para o comum dos mortais como dizem outros? Seja como for, muitas questões se colocam e irão colocar ao longo do tempo enquanto não ultrapassarmos a situação. E até lá, muitas outras teorias surgirão, sejam conspirativas ou não, mas que encerraram em si um outro tipo de vírus, o do medo. E esse será sempre motor de novos hábitos, de novos caminhos, quiçá, de nova ordem social, económica ou outra.