O fim de um ciclo ou talvez não!...
Acabamos por assistir ao chumbo do Orçamento de Estado (OE) para 2022. Algo de imprevisível que começou a tomar forma no último mês, sobretudo depois das autárquicas. Este é o momento em que os interesses partidários se sobrepõem ao interesse nacional. Quem me segue, sabe que não era defensor desta governação, mas o interesse nacional tem que ser um bem maior. Estamos em plena execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em que algumas medidas exigem uma execução rápida. Com a crise política que se instalou tudo isto é problemático. Dele depende a recuperação económica do país. Foi a primeira vez que após uma crise, a União Europeia (UE) respondeu com solidariedade em vez da tradicional austeridade. Daí a importância do programa. Agora tudo isto está em causa. Desde logo porque o governo podendo continuar em funções por duodécimos, mas com as inevitáveis consequências e muitas limitações. Ainda pode existir uma segunda versão do Orçamento de Estado (OE), coisa que sinceramente não acredito. O Presidente da República (PR) desde cedo falou em dissolver a AR. Afinal interessa-lhe também que o seu partido se chegue à frente. Só que o PSD está estilhaçado e Rio não é o homem de quem ele gosta. Aliás toda a direita está em frangalhos, e só a extrema direita pode beneficiar com tudo isto. À esquerda uma grande interrogação. Como reagirá o eleitorado à posição intransigente do BE e mesmo do PCP? Mesmo assim, corremos o risco de sair das eleições com algo muito semelhante ao que temos hoje. E a ser assim como se irá governar? Esta foi uma crise inesperada que veio no pior dos momentos. O verdadeiro prejudicado é Portugal.
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