No rescaldo da demissão de Marta Temido
Passado o primeiro impacto da demissão de Marta Temido é bom refletir sobre o trabalho desta grande ministra da Saúde. Marta Temido terá feito tudo bem? Claro que não. Ninguém o faria. Mas ela esforçou-se. Quando se aponta por aí algumas figuras sinistras que tanto a queriam ver pelas costas, pois é verdade que essas vis criaturas andaram a tramar tudo isto. Nunca lhe perdoaram ela fazer a defesa acérrima que sempre lhe vi do SNS. Ela sempre se opôs à privatização do SNS, - que tem muitos defensores por aí -, mas também ao seu desmantelamento. Marta Temido foi grande (numa figura pequena) e por isso suscitou muitos ódios de estimação. Ninguém pode fazer trabalho algum se ele é permanentemente boicotado pelos seus agentes a soldo dos seus líderes. Mas também dentro do partido de que faz parte, ela tinha os seus inimigos de estimação, pode ser menos visível, mas tinha. Mas Marta Temido esteve sempre acima de tudo isso. Teve sempre a admiração dos portugueses e a maneira como reagiram à sua saída são disso um sinal inequívoco. Mas essa é a espuma dos dias que nunca conseguirá ocultar uma das grandes defensoras do SNS e que seria o orgulho do seu fundador António Arnault se ainda estivesse entre nós. Saiu uma grande ministra, disso não tenho dúvidas, - que será difícil substituir -, porque quem vem, ou tem o mesmo carisma ou simplesmente se verá confrontado com as inevitáveis comparações. Mas isso agora já é outro tema para outra altura. Parabéns, Marta Temido por tudo o que fez pelo SNS, - que o mesmo é dizer pelos portugueses -, isso jamais será esquecido.
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