Turma Formadores Certform 66

Tuesday, December 20, 2022

"Uma História se Xadrez" - Stefan Zweig

Mirko Czentovic, um campeão mundial de xadrez em viagem para Buenos Aires, entretém-se a derrotar os restantes passageiros, até que se descobre que a bordo do transatlântico segue outro apaixonado por xadrez, o doutor B., um enigmático passageiro recém-libertado pelos nazis que sobreviveu à prisão a jogar partidas de xadrez na sua cabeça. Do inevitável confronto entre os dois jogadores, nasce o relato de um jogo cativante e caricato. Um retrato comovente da loucura de um homem, Uma História de Xadrez é uma ardente análise do poder da mente e do mal que esta pode gerar, mostrando simultaneamente a resistência do ser humano, mesmo sob extraordinária pressão. Pequena, mas intensa, esta obra permite a Stefan Zweig escrever sobre a guerra, a violência, o nazismo e o autoritarismo. Enviada para o editor no dia anterior ao seu suicídio, Uma História de Xadrez, seria adaptada várias vezes ao cinema e fica como a obra-prima do romancista austríaco. Sobre o autor, Stefan Zweig nasceu em 28 de Novembro de 1881, em Viena, no então Império Austro-Húngaro. Oriundo de uma família judaica abastada, dedicou-se ao estudo da filosofia e da história da literatura, tendo-se doutorado em Filosofia na sua cidade natal, em 1904. Viajou muito e foi tradutor antes de se notabilizar como escritor, mas aos 40 anos já tinha conquistado fama na literatura, atingindo a plena maturidade como romancista, dramaturgo, poeta, ensaísta e biógrafo e publicando as suas principais obras nos anos seguintes, como Amok (1922) ou Confusão de Sentimentos (1927). Viveu em Salzburgo depois da Primeira Guerra Mundial, mas, com a ascensão do nazismo, em 1934, decidiu mudar-se para Londres, tendo obtido a nacionalidade britânica. Depois de um curto período em Nova Iorque, em 1940, instalou-se, no ano seguinte, no Brasil, país sobre o qual escreveu a obra Brasil – País do Futuro e onde concluiu o seu aclamado livro de memórias O Mundo de Ontem. Suicidou-se, juntamente com a segunda mulher, Elizabeth Altmann (Lotte), em 1942, em Petrópolis, Rio de Janeiro. Com uma vasta obra – incluindo biografias de Nietzsche, Fernão de Magalhães, Dostoiévski ou Maria Antonieta, entre muitas outras –, era então um dos escritores mais lidos e traduzidos do mundo. Este foi um dos primeiros escritores que me entusiasmaram para a leitura. Este é só mais um dos seus formidáveis livros. A edição é da Guerra & Paz.

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