Crise na Educação?
Temos assistido a um verdadeiro conflito em torno da Educação e dos seus agentes. Não negando a justeza dos professores e demais agentes de ensino, tudo isto me parece uma grande orquestração. Há uns tempos atrás víamos o mesmo cortejo de reclamações liderado por um sindicato afeto ao PCP. Nessa altura até se dizia que o líder desse sindicato estaria a caminho da liderança do partido. Era preciso mostrar serviço, ouvia-se dizer por aí. Não sei se era assim ou não, mas quando se começou a desenhar a nova liderança do PCP esse sindicato eclipsou-se. Os problemas e os confrontos acabaram como que por milagre. Parece que afinal as coisas não estavam tão mal assim. Com o aparente desaparecimento desse sindicato, o espaço ficou vazio e alguém o iria preencher. E assim apareceu um nova frente, sindicato ou não é apenas uma questão de pormenor, liderado por uma pessoa próxima da extrema esquerda, no caso concreto o BE. Pela primeira vez o protagonismo desta aparente crise na Educação é liderada por alguém não PCP. Tudo isto leva a pensar que a tal situação da Educação é mais profunda do que parece. Não nego a justeza das reivindicações dos professores e restantes agentes do ensino, mas acho que estes ainda não perceberam que estão a ser seriamente instrumentalizados. Ou se perceberam não estão nada preocupados desde que colham o que sobrar da mesa as negociações nem que sejam migalhas. No fundo não ganharão tanto quanto pensam porque a luta está a travar-se num outro plano. No fundo, se alguns podem ganhar não serão certamente os verdadeiros agentes da Educação e no final haverá seguramente um enorme grupo que perde que são os alunos. Espero não estar enganado mas os sinais que vejo são demasiado fortes para se pensar de modo diverso. Vamos esperar para ver.
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