Feliz Páscoa!
Mais uma Páscoa que chega com as mesmas interrogações que a minha mente vai produzindo. Durante os últimos dias que antecedem o domingo de Páscoa, assistimos ao maior sacrifício de animais que se produz todo o ano, sobretudo de cabritos, bebés a quem não foi dada a possibilidade de chegarem à idade adulta e de usufruir do milagre da vida como todos nós. Não foram vítimas dum cataclismo, das alterações climáticas ou doutro fenómeno qualquer. Eles foram vítimas da gula do ser dito humano. Para uns parcos minutos de prazer na comezaina desenfreada como é habitual, a vida de milhares de seres belos, pacíficos, inocentes foi tirada num enorme sacrifício onde a orgia de sangue é evidente e mostra bem o grande sofrimento porque passaram. Neste domingo onde se devia celebrar a vida, afinal é ensombrada pela morte. Esta celebração, como outras ao longo do calendário, vão-me dividindo. O Cordeiro de Deus que foi imolado virá a ressuscitar neste dia, segundo a tradição bíblica. Mas estes inocentes não ressuscitarão jamais. Viram a sua curta vida interrompida pela brutalidade humana. Não basta celebrar a Páscoa ou outra data qualquer se o nosso coração está pesado pela morte de inocentes que foram arrastados para o sacrifício sem saber para onde iam. Afinal que Páscoa celebramos? Que Páscoa queremos celebrar? E se mesmo assim a vossa vontade de celebrar não esmoreceu, se mesmo assim a vossa gula não abrandou, então algo está muito errado. Apesar de tudo isto que me incomoda e me entristece desejo-vos uma Feliz Páscoa!
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