Quatro anos de saudade
Passam hoje quatro anos sobre o falecimento do meu querido Nicolau. Um cão guerreiro e poderoso que, no seu apogeu, mantinha em respeito qualquer um. Um cão que resgatei à rua ainda bebé em madrugada de forte temporal. Mas o Nicolau acabaria por entrar em declínio e morrer, como acontece a todos nós. Depois de dezasseis anos e meio de companhia foi doloroso vê-lo partir. Mas este é o ciclo da vida e disso ninguém escapará. Quero acreditar que ele estará feliz e contente nesse país do arco-íris que acredito que exista onde ele estará a coberto de todo o seu sofrimento. Lutou até ao fim como bom guerreiro que era mas acabou vencido pela morte inexorável. Deu o último suspiro bem junto de mim como sempre esteve ao longo da vida. Hoje, quatro anos volvidos, aqui quero trazer a memória do Nicolau e nela abraçar todos os que passaram pela minha vida a quem tentei dar dignidade até ao fim dos seus dias, mas também, quero abraçar todos os outros, cães de ninguém, a quem eu ajudei e que tanto amor me retribuíram. Um cão é um ser muito nobre bem mais digno de amor e carinho que muito ser humano. Sei bem do que falo e por isso aqui o afirmo sem hesitações. Sempre vivi com cães desde que me conheço, agora não quero mais. O Nicolau foi o fim de ciclo. Sempre tive receio de um dia chegar a minha hora e deixar para trás seres que tanto amo e que sempre me retribuem em dobro. Por isso não quero. Agora vivo das memórias passadas e que gratificantes elas são. Espero um dia, quando o meu tempo se esgotar neste plano astral, poder reencontrá-los e partilhar com eles esse amor e carinho que sempre me deram. Que estejas em paz, Nicolau!
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