Dia do Pai
Celebra-se hoje o Dia do Pai. Este é mais um daqueles dias que me deixa triste como certamente acontecerá com todos aqueles que já o perderam e dele guardem uma boa memória. Este é o meu caso. Já há muito que o meu partiu e agora só a memória celebro. Por isso, o Dia do Pai tem este sabor agridoce de celebrar o nosso Pai, mas também, a saudade de já não o ter. Cada vez mais estas tradições vão acabando embora no ensino dos mais pequenos elas sejam incentivadas. Mas apesar disso, a família é algo 'demodé' nos dias que correm. O importante é a nossa vida e o que nela se passa à nossa volta e nada mais. Os restantes familiares são descartáveis porque já estão velhos e logo são deixados ao abandono nos hospitais quando a saúde lhes falta, ou são atirados para os lares para apodrecerem até que a morte se lembre deles. As exceções são poucas e normalmente prendem-se com presença de algum conforto financeiro, imobiliário ou outro na vida desses maiores que leva os filhos a contemporizarem na expectativa de apanharem tudo aquilo que os seus pais construíram e amealharam, coisa que eles não foram capazes de fazer. A educação dos jovens mudou muito já não sendo aquela de cultivar a família como núcleo supremo a quem devemos respeito e consideração como se fazia no meu tempo de juventude. Era outro tempo ouvimos dizer, e é verdade, porque só pratica essa cultura da família quem a teve na sua infância, aqueles que não foram bafejados com isso nunca o saberão entender. Não é por darmos aos filhos tudo o que estes desejam que eles serão melhores para nós, apenas compramos afeto que do outro lado não passa de aproveitamento. Apesar desta visão menos luminosa, fruto daquilo que se constata à nossa volta, desejo a todos os pais que tenham um Feliz Dia do Pai!
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