No sétimo dia do falecimento da Sofia
Passam hoje sete dias sobre o falecimento da minha querida amiga Sofia Flor Rocha. Uma mulher de caráter forte e guerreiro, 'uma mulher do norte' como gostava de dizer, que eu aqui apelidava muitas vezes de 'a menina da Foz'. Esta grande mulher também era uma amiga dos animais como todos os seres nobres dignos desse nome. Com ela senti a alegria duma mulher que soube lutar contra as adversidades da vida. Todas as manhãs lá tinha a mensagem de bom dia com uma imagem quase sempre engraçada para alegrar o momento, e à noite as boas noites lá vinham acompanhadas de uma imagem sempre de cariz espiritual. (Esse outro lado da Sofia, que face a uma certa força de viver, não esquecia o seu lado mais etéreo). E assim foi na última mensagem que me enviou na sexta feira passada. Muitas vezes brincava com o seu 'mau feitio' que ela dizia ter, embora o seu interior fosse duma doçura a toda a prova. Curiosamente na última mensagem que publicou no Facebook nessa sexta feira, estava no Bom Jesus em Braga mas, longe de saber o que ia acontecer, notei nessa mensagem alguma alegria pelo triunfo duma mulher que contra tudo e todos triunfou e levava a sua vida em frente, mas também alguma tristeza duma mulher que olhava para trás e não gostava do muito que vi-a daquilo com que a vida a brindou. Nunca a tinha visto assim. Horas depois vim a saber do trágico desfecho. A Sofia tinha deixado de estar entre nós, deixando um enorme vazio e uma tristeza profunda junto de todos aqueles que eram seus amigos. Curiosamente, a sua página foi apagada poucas horas depois. Embora percebendo a dor dos seus familiares, confesso que não percebi a pressa de o fazer. Muitos dos seus amigos nem sabem o que aconteceu, apenas que a Sofia desapareceu sem dizer nada a ninguém. Tenho notado isso em muitas das mensagens que tenho recebido a perguntar por ela. Embora não concordando com a atitude só tenho que respeitar naturalmente a decisão da família. Esta notícia abalou-me porque tínhamos algo pensado para breve. Íamo-nos encontrar no Porto e tal já não irá acontecer. Estou certo que num outro plano astral talvez nos venhamos a cruzar e acabemos por falar de tudo aquilo que agora ficou suspenso. E foi tanto. Perdi uma grande amiga, que sempre me respeitou e com quem travei conversas muito interessantes. Admiradora, tal como eu, de Pedro Abrunhosa e dos Calema, muitas vezes brincávamos a dizer, - parafraseando a canção de Abrunhosa -, 'Que fosse ter comigo aos Aliados'. Não foi nem irá. Jamais te esquecerei pela grande mulher que conheci e que aprendi a respeitar. Ficarás para sempre no meu coração. Descansa em paz, Sofia!
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