Eleições europeias - Junho 2009
Realizaram-se hoje as eleições para o Parlamento Europeu. Embora se tenham registado elevadas taxas de abstenção, um pouco por todo o lado, em Portugal ela foi de facto muito elevada superior inclusivé à média europeia. Assim, a taxa de participação (cerca de 36,5 por cento) foi inferior à média comunitária (43,4 por cento), o que coloca o nível de abstenção em aproximadamente 64 por cento. O que leva a que tal se verifique? Que os eleitores não queiram dar a confiança a um partido, ou não se revejam nos existentes é compreensível, mas para isso vota-se em branco, (que chegou perto dos 6 por cento), mas a abstenção é de difícil compreensão. Porque se não votam, como podem criticar esta ou aquela política? Para o fazermos, em democarcia representativa, temos que votar. Acresce que todos temos que perceber que dois terços das leis dos vários países da UE, que nos afectam diariamente, são desenhados em Bruxelas, o que só por si, diz da importância das eleições europeias. Quando forem as legislativas, diz a tradição, que a abstenção seja reduzida para metade desta, por quê? Cada vez mais os governos nacionais têm menos peso nas decisões, visto serem mandatários das políticas da UE. Em termos mais radicais diria, que as europeias são muito mais importantes que as legislativas, porque é que não compreendemos isto? Será que os partidos não estão a fazer um esclarecimento mais incisivo? Talvez, mas cada um de nós deve informar-se mais sobre os assuntos que a todos nos afecta. É quase como a história do aluno cábula, que para além de ter os melhores professores da escola, não evolui, pelo simples facto de que é cábula e não estuda, por melhor que seja a informação que lhe é disponibilizada. O desinteresse da política não pode justificar tudo.
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