A crise financeira e a recessão V
Foram conhecidas hoje as novas projecções do Banco de Portugal, que foram acompanhadas pelo Governo. Daqui se pode extrair que a economia portuguesa está em situação pior do que aquela que achavamos, embora eu já em anteriores comentários desta série o dissesse. A crise veio para ficar e, infelizmente, não irá passar tão rapidamente como se pensa. O desemprego irá continuar a aumentar, com o inevitável cortejo de miséria e de instabilidade social que daí advirá. Mesmo os pequenos sinais que por vezes a economia dá, a nossa e as restantes, não significam que estamos a chegar ao fim deste ciclo infernal. O próprio governo português o disse hoje, porque não vale a pena esconder o que todos já viram, embora eu ache bem que, as autoridades tendam a desdramatizar a situação para não tornar as coisas mais penosas e conduzirem a que as populações baixem os braços e parem de lutar. Mas nunca percam de vista que a retoma quando existir será sempre antecipada nas bolsas cerca de um ano a um ano e meio para só depois ser percepcionada pelas populações. É o ciclo da economia que assim o determina, e nesta crise não será diferente. Assim, à que arregaçar as mangas, lutar por dias melhores, com a consciência de que estes não existirão ali à frente, eventualmente no fim deste ano. Desenganem-se, a crise veio para ficar, e irá continuar ainda por mais algum tempo.
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