O equívoco tributário
À medida que vamos analisando o OE 2015 ficamos cada vez mais surpreendidos, (se é que ainda é possível ficar surpreendido) com esta governação. O equívoco tributário é uma daquelas coisas que pretende fazer de cada português um inculto, um lorpa, no limite, um mentecapto. Depois de todos termos visto que a tributação aumentava neste OE, - embora a governação dissesse o contrário -, a ministra das finanças acabou por ter que admitir a situação em entrevista à TSF/Diário de Notícias na passada semana. É que a tributação aparece duma forma cabotina, nem sempre percetível ao comum dos mortais. Isto para já não falar na famosa "tributação verde" que, para além da coloração que lhe pretendem dar, não passa de mais impostos sobre as populações. E no dia em que a gasolina teve o seu abaixamento histórico, - apesar de ela já ter baixado à muito na origem -, é bom dizer que, mesmo que esta situação se prolongue no tempo, a partir de Janeiro toda a vantagem será comida pela tributação dita verde. Num país em que o automóvel ainda é visto como um luxo, - visão terceiro mundista que parece continuar a fazer escola entre nós -, até parece ser lógica, mas se olharmos para o automóvel como uma ferramenta de trabalho vemos da falta de bondade da medida. Isto para já não falar das deduções na educação que são exatamente iguais a por exemplo uma ida à manicura! Aqui já não nos surpreendemos tanto assim. Com a maneira como a educação e a cultura são tratados neste país, talvez não haja motivo para tanta surpresa. Estas são apenas pequenas questões dum OE que encerra muitas mais. Esta maneira de fintar as populações, numa certa esperteza saloia, parece ter cada vez mais os seus seguidores. E até dentro da coligação. Que o diga Portas que só soube da sobretaxa à última hora. A tal que este governo cobra e deixa a sua devolução para o governo seguinte. Medida que para além de falsa, porque tal nunca irá acontecer, ainda passa a ser desleal, - talvez nos atrevemos a considerar desonesta -, para com o executivo que se lhe seguirá. Esta será seguramente a marca que esta governação nos deixará, entre tantas outras de igual jaez.
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