A Europa e a poesia - Guillaume Apollinaire
Muito temos ouvido falar de França nestes últimos dias e não pelas melhores razões. Mas para além daqueles que querem destruir a civilização ocidental há a História e a Cultura que não podem ser ignoradas. E é sobre a cultura francesa que hoje vos venho falar. Isto à custa duma celebração, a do falecimento dum dos maiores poetas franceses contemporâneos que muito admiro, refiro-me a Guillaume Apolinaire. (Este é apenas um de muitos que preenchem a minha galeria poética). E aqui trago Apollinaire porque à dias - perdoem-me o atraso - se cumpriu mais um aniversário sobre o seu falecimento que ocorreu a 9 de Novembro de 1918. Guillaume Apollinaire (nascido Wilhelm Albert Włodzimierz Apolinary de Wąż-Kostrowicki), nasceu em Roma a 26 de Agosto de 1880 e faleceu - como atrás referi - a 9 de Novembro de 1918 em Paris. Foi um grande escritor e crítico de arte francês, possivelmente o mais importante ativista cultural das vanguardas do início do século XIX, conhecido particularmente pela sua poesia sem pontuação e gráfica, e por ter escrito manifestos importantes para as vanguardas na França, tais como o do cubismo, além de ser o criador da palavra surrealismo e talvez do próprio surrealismo, ele mesmo. Para aqueles que não conhecem a extraordinária poesia de Apollinaire, deixo-vos aqui um belíssimo poema - quase icónico da sua obra - chamado "Le pont Mirabeau" que podem escutar no link https://www.youtube.com/watch?v=AYrhBVtuIzI . Peço perdão a todos os que não são familiarizados com a língua francesa, mas não consegui encontrar este poema com legendagem em português. Mas, mesmo para esses, a melodia e o ritmo das palavras são bem evidentes da poesia de Apollinaire. Mesmo quando as núvens do obscurantismo parecem querer pairar sobre a Europa, recorremos à sua cultura para que elas logo se dissipem. Hoje quis celebrar este grande poeta. Outros se lhe seguirão porque a cultura europeia é fértil em nomes avassaladores que a elevam a patamares dificilmente atingíveis. Também espero que sirva para a descoberta da poesia de expressão francesa (e não só) porque a cultura será sempre aquilo que nos diferenciará de tudo o resto.
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