70 anos depois de Hiroshima

Passam hoje 70 anos após o lançamento da primeira bomba atómica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Era uma bomba de urânio ainda não testada. Morreram de imediato cerca de 145 mil pessoas. Três dias depois uma outra, seria lançada sobre Nagasaki e seria decisiva na rendição do Japão, na II Guerra Mundial. Esta de plutónio, mais devastadora e que já tinha sido testada. Contudo, dado o acidentado do terreno que não foi favorável à propagaçºao da onda de choque, morreram 75 mil pessoas. Quando o Enola Gay lançou a primeira bomba, havia um sentimento de que se fez uma mortandade para evitar uma outra maior. Normalmente, buscamos sempre justificações, por mais descabeladas, para apaziguar a nossa própria consciência. Milhões de anos após o aparecimento da nossa espécie. o ser dito humano parece que ainda está longe de aprender. Destruímos tudo À nossa volta. Nem os da nossa espécie escapam. Matam-se milhões de pessoas no mundo como se isso resolvesse alguma coisa. Tanto tempo depois do nosso aparecimento neste planeta, ficamos com a sensação que afinal aprendemos muito pouco e que a jornada que ainda temos que percorrer para a nossa aprendizagem enquanto seres, é longa e tortuosa. 70 anos depois de Hiroshima vemos antigos rivais irmanados na mesma dor. Uns mais doridos, outros mais desconfortados. O que vem relativizar aquilo que foi um conflito que abalou o mundo há uns anos atrás. Celebra-se hoje a paz para que a memória não se apague. A nossa e sobretudo dos mais novos a quem legaremos este mundo. Que aprendamos para que nunca mais se venha a repetir.