Austrália descoberta por navegadores portugueses - Eduardo Amarante
Vestígios da presença portuguesa na Austrália, primeiro de Cristóvão de Mendonça, em 1522 e depois de Gomes de Sequeira, em 1525. Segundo a agência de notícias Reuters, foi encontrado um novo mapa que prova que não foram os ingleses nem holandeses que descobriram a Austrália... Mas antes navegadores portugueses! Este mapa do século XVI, com referências e informação pertinentes escrito em português, foi encontrado numa biblioteca de Los Angeles e prova que foram navegadores portugueses os primeiros europeus a descobrir a Austrália. O mapa assinala com detalhe e acuidade, várias referências da costa Este Australiana, tudo relatado em português, provando que foi a frota de quatro barcos liderada pelo explorador «Cristóvão de Mendonça» quem efectivamente descobriu a Austrália no longínquo ano de 1522. Desta forma, os factos são agora invertidos, pois foi o navegador português a fazer tão importante descoberta, cerca de 250 anos antes do Capitão James Cook a ter reclamado junto da coroa inglesa, em 1770. Na altura a descoberta de Cristóvão de Mendonça, agora suportada por um rol de historiadores, graças aos vários descobrimentos lusos que ocorreram ao longo das costas Neozelandesa e Australiana durante o século XVI, foi mantida em segredo como forma de prevenir e impedir que outras potências europeias alcançassem e se apoderassem deste novo e fantástico pedaço de terra. O que pode significar esta nova descoberta? Muita coisa... Mas acima de tudo, prova que os aborígenes australianos e os portugueses têm muito em comum - uma paixão feroz pelo Oceano. Recordemos que os aborígenes da Austrália descendem de emigrantes africanos que povoaram a Ásia há 60 mil anos, cruzando o mar utilizando canoas e toscas embarcações. Gente que demonstrou muita coragem ao enfrentar o imenso desconhecido, uma similitude com os navegadores portugueses. Adenda: por Viriato de Viseu. O livro com o titulo; PARA ALÉM DO CAPRICÓRNIO da autoria de Peter Trickett, jornalista australiano e repórter de investigação especializado em temas de ciência e história que li em dois dias tão grande foi o interesse que me despertou - recomendo a leitura do mesmo - pois o autor explica de uma maneira muito simples, vários achados e danças cerimoniais que estão enraizadas nos aborígenes, que provam a passagem do Capitão Cristóvão de Mendonça que cartografou a costa da Austrália. Nesses achados consta um canhão encontrado em local sagrado aborígene em Carronade Island, na costa de Kimberley, que é comparado a uma réplica de um canhão Português do Século XVI (o livro mostra as fotos e são mesmo idênticos). Foi encontrado também um pote de cerâmica de estilo Português (também há foto do pote) pescado do leito do oceano ao largo de Gabo Island, e datado cientificamente como sendo do ano 1.500 que provavelmente conteria vinho ou azeitonas. Encontrados também artefactos de pesca numa praia de Fraser Island, Queensland, contendo um peso de chumbo que foi datado cientificamente como sendo de cerca de 1.500 e o chumbo identificado como sendo originário de uma mina de Portugal ou no sul de França. Os nomes "aportuguesados" que Cristóvão Mendonça deu a vários pontos da costa, explicados e traduzidos pelo autor do livro é fascinante. Até a fisionomia de alguns aborígenes, com alguns traços europeus, são por ele explicadas. Já em 1512, um dos barcos de uma pequena armada de António Abreu, teria navegado por aqueles mares da costa Australiana, mas disso sabe-se pouco, até porque com medo da cobiça, os nossos Reis impunham segredo.
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