Turma Formadores Certform 66

Monday, October 05, 2015

Viva a República!

Já muito tempo passou sobre esta data - 105 anos - mas ela não envelhece, ela está sempre presente em todos os republicanos, desde os seus fundadores, inspirados na Revolução Francesa, como nas gerações seguintes, onde os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade estão sempre presentes. Ideais que perduraram mesmo em tempos obscuros e sombrios da nossa História recente. Hoje em Democracia ela é lembrada, nem poderia ser doutra forma, por todos aqueles que acreditam num mundo diferente e melhor. Crises, corrupção, compadrios, mentiras, todo o cortejo ignominioso que vemos nos nossos dias, não a afetam porque ela está acima da baixeza mundana. Ela - a República - não tem culpa disso, das nossas imperfeições, dos nossos idealismos encerrados em baús bafientos. Ela é, e será sempre, um referencial de liberdade, igualdade e fraternidade, os mesmo que noutras terras e num outro tempo, conjuraram os homens nos idos de 1789. Este ano, e para surpresa de alguns menos atentos, não contará com a presença do Presidente dito da "República". Ótimo, fico feliz com isso. Já era insuportável vê-lo, quanto mais ouvi-lo. Ele que nunca se reviu nos ideais da República fazia um frete ao país, mas também o país fazia um frete a ele. Hoje a República celebra-se com mais pureza porque se supõe que todos os que a celebram se revêm nos seus ideais. Assim, todos nós devemos estar convocados para tal. Porque ela é o referencial maior da Democracia. Porque ela é a representação do povo, do povo insubmisso, afastado dos corredores do poder, longe das jogadas políticas por trás da cortina, não querendo saber de gente menor que se aproveita da política - a mesma tão nobre de Sócrates e Platão na longínqua Grécia - para fazer dela um meio de subsistência, de enriquecimento rápido e nem sempre por meios corretos, daqueles que apenas da República lhe concebem o nome. 105 anos passaram e ela aí esta - a República - para mostrar que, apesar da menoridade de muitos, ainda existem homens e mulheres capazes de a erguer, de a tomar como o seu símbolo, de empunhar em seu nome a bandeira que nos devia unir a todos. Viva a República!

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