Turma Formadores Certform 66

Monday, November 30, 2015

TEMPLÁRIOS, Vol.3 - A Perseguição e a Política de Sigilo de Portugal: A Missão Marítima"

"TOMAR, A MENTORA DAS VIAGENS OCEÂNICAS. Em 1416, o Infante D. Henrique dividia o seu tempo entre o castelo de Tomar, sede da Ordem, e a vila de Lagos, no Algarve. Em Tomar, administrava as finanças, a diplomacia e a carreira dos pilotos iniciados nos segredos do empreendimento marítimo. Inclusivamente, o castelo era um cofre de recursos e de informações secretas. Por sua vez, Lagos e a Vila do Infante, junto a Sagres, funcionavam como escola e base naval. Assim, o Infante D. Henrique viveu tanto em Sagres como em Tomar, preparando-se espiritualmente para a grande gesta das Descobertas. Nesta cidade teve início uma das maiores aventuras da humanidade, a fazermos fé no que disse o ilustre historiador Arnold Toynbee: “Depois de Cristo, o maior acontecimento da História são as Descobertas.” Essa aventura encontra na mística e no culto do Espírito Santo uma das suas mais fortes razões de ser. Como diz Anselmo Borges: “Ora, na génese da aventura marítima não estão razões apenas de ordem material. É que, se estas são as mais urgentes, não são as fundamentais. Sem a mística e o culto do Espírito Santo, os Descobrimentos não têm plena inteligibilidade.” Foi em Tomar que o Infante D. Henrique concebeu e amadureceu a ideia das explorações marítimas. Aí teve início a gesta náutica que levou as caravelas portuguesas “por mares nunca dantes navegados”, ostentando nas suas velas o símbolo da Ordem de Cristo. Como afirma Amorim Rosa: “Se Sagres foi a mão que lançou ao mar as caravelas das Descobertas, Tomar foi o cérebro que organizou as expedições e o alfobre de onde saíram os primeiros capitães das naus. E a Ordem de Cristo foi a fonte de onde jorrou todo o oiro necessário para alimentar tão grande empresa.” Em Tomar, o Infante D. Henrique mandou “cada semana, ao sábado, por sempre em minha vida e depois da minha morte dizer uma missa de Santa Maria, e a comemoração seja do Espírito Santo.” in "TEMPLÁRIOS, Vol.3 - A Perseguição e a Política de Sigilo de Portugal: A Missão Marítima", Eduardo Amarante.

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