Momentos difíceis
Todos nós temos os nossos momentos menos bons. Todos nós temos o nossos momentos difíceis. Hoje quis aqui trazer um texto, mais do que um texto, uma declaração, profunda e sentida. Desesperada até. Vem duma amiga e colega, a Vanda. Não sei o que está por trás, mas imagino. Porque algo de muito sério será para motivar este texto. Ela sabe que pode contar comigo. Conhecemo-nos vai para 30 anos, quando ambos frequentávamos a Faculdade de Economia. Vivemos relativamente perto um do outro. Apesar disso, não nos vemos com frequência. Temos percursos na vida diferentes. Mas não podemos ficar indiferentes ao sofrimento de alguém. Alguém que partilha este texto nas redes sociais está, definitivamente, a pedir ajuda. Mesmo que ache que não. Mesmo que julgue que é apenas um desabafo. Pela profundidade do mesmo, resolvi trazê-lo a este espaço. Não estou a cometer nenhuma inconfidência, visto a própria o ter tornado público. O texto diz assim:
"Há formas diferentes de fazer o luto e há lutos diferentes. Não sei qual é o pior de ultrapassar se o luto por alguém que morreu ou o luto por alguém que continua vivo, mas que partiu também. Não, não estou a falar de emigrados, desterrados, viajantes que só regressam a nós esporadicamente. Estou a pensar naquelas pessoas que amamos, nos amaram e de quem perdemos o amor. Não, não estou a falar de relacionamentos falhados, de divórcios, de casamentos que acabaram. Não, é diferente e eu sei do que falo pois já vivi isso tudo. Estou a falar de outras relações- o amor, a amizade, o carinho fundem-se, por vezes, e levam-nos a quer ter aquela pessoa sempre do nosso lado- para rir, para falar ou para sentir os silêncios. Mas, quando os silêncios incomodam, é o primeiro sinal que algo não vai bem. E percebemos que já não podemos contar com ela. Simplesmente, partiu. E é então, que as recordações pesam como chumbo e aparecem em sonhos imagens de quando éramos cúmplices. E a gente tenta reatar, tornar a atar algo que se dissolveu. De que vale? De nada. Esfuma-se e damo-nos conta como a vida é intensa e efémera. E como nos apegamos desmesuradamente, quais idiotas, a coisas e pessoas e memórias. E guardamos pedacinhos de papel e bilhetes de cinema, capas de cd’s e objectos partidos, colares e conchas daquelas férias, calendários, aquela caneta que nos foi oferecida no dia tal, fotografias amassadas em envelopes amarelos com os negativos junto. Para quê?! Dizia eu que há formas diferentes de fazer o luto- uma delas é desfazer-se dessas coisas todas. Usem uma máscara, de preferência. Evita o pó e disfarça as lágrimas." - Vanda, aliás, Ladyred Bug.
Este é um texto que poderia ser de cada um de nós. Todos nós temos momentos assim. Uns piores que outros, mas temos. Este também é um texto para reflexão. Sobre os escolhos da vida. Sobre a vida em si mesma. Sobre este chão que pisamos e percorremos enquanto durar. Este é um texto sentido. Um texto que vem da alma. Um texto duma mulher extraordinária, que tem vivenciado a vida em toda a sua plenitude. Uma mulher que vive com intensidade. Uma mulher determinada e forte. Uma Mulher com M maiúsculo.
"Há formas diferentes de fazer o luto e há lutos diferentes. Não sei qual é o pior de ultrapassar se o luto por alguém que morreu ou o luto por alguém que continua vivo, mas que partiu também. Não, não estou a falar de emigrados, desterrados, viajantes que só regressam a nós esporadicamente. Estou a pensar naquelas pessoas que amamos, nos amaram e de quem perdemos o amor. Não, não estou a falar de relacionamentos falhados, de divórcios, de casamentos que acabaram. Não, é diferente e eu sei do que falo pois já vivi isso tudo. Estou a falar de outras relações- o amor, a amizade, o carinho fundem-se, por vezes, e levam-nos a quer ter aquela pessoa sempre do nosso lado- para rir, para falar ou para sentir os silêncios. Mas, quando os silêncios incomodam, é o primeiro sinal que algo não vai bem. E percebemos que já não podemos contar com ela. Simplesmente, partiu. E é então, que as recordações pesam como chumbo e aparecem em sonhos imagens de quando éramos cúmplices. E a gente tenta reatar, tornar a atar algo que se dissolveu. De que vale? De nada. Esfuma-se e damo-nos conta como a vida é intensa e efémera. E como nos apegamos desmesuradamente, quais idiotas, a coisas e pessoas e memórias. E guardamos pedacinhos de papel e bilhetes de cinema, capas de cd’s e objectos partidos, colares e conchas daquelas férias, calendários, aquela caneta que nos foi oferecida no dia tal, fotografias amassadas em envelopes amarelos com os negativos junto. Para quê?! Dizia eu que há formas diferentes de fazer o luto- uma delas é desfazer-se dessas coisas todas. Usem uma máscara, de preferência. Evita o pó e disfarça as lágrimas." - Vanda, aliás, Ladyred Bug.
Este é um texto que poderia ser de cada um de nós. Todos nós temos momentos assim. Uns piores que outros, mas temos. Este também é um texto para reflexão. Sobre os escolhos da vida. Sobre a vida em si mesma. Sobre este chão que pisamos e percorremos enquanto durar. Este é um texto sentido. Um texto que vem da alma. Um texto duma mulher extraordinária, que tem vivenciado a vida em toda a sua plenitude. Uma mulher que vive com intensidade. Uma mulher determinada e forte. Uma Mulher com M maiúsculo.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home