O Grito do Profeta - Lenços Brancos
'João, vinte anos, tinha feito uma canalhice imunda aos seus pais. Então, o pai disse-lhe: "João, sai e nunca mais voltes a entrar! Nunca mais ponhas os pés cá em casa!" João saiu, com a morte na alma. Algumas semanas mais tarde, disse para si mesmo: eu fiz porcaria da grande, vou pedir perdão ao meu velho... E então escreveu ao pai: "Pai peço-te desculpa. Fui nojento e um sacana do piorio contigo, mas achas que me podes perdoar? Não te escrevo a minha morada nesta carta, mas se me puderes desculpar põe um lenço branco pendurado na macieira que está à frente de casa. Tu sabes qual é, a última da longa alameda de macieiras que leva à casa. Nesta última árvore pendura um lenço branco. Assim saberei se posso voltar a casa". Morto de medo, pensava: "O meu pai nunca irá colocar lá esse lenço branco". E foi então que pediu ao seu amigo Marco: "Suplico-te que venhas comigo e fazemos assim: eu vou conduzir até quinhentos metros antes da casa e depois passo-te o volante. Depois fecho os olhos. Lentamente tu vais descer essa alameda de macieiras e vais parar na última. Se vires o lenço branco pendurado, dizes-me e saio a correr. Se não, continuarei de olhos fechados e vamos embora. E não voltarei nunca mais a casa, como o meu pai disse". E assim fizeram. A quinhentos metros da casa, João passa o volante a Marco e fecha os olhos. Depois pára. E João, com os olhos sempre fechados, diz: "Marco, o meu pai pôs um lenço branco pendurado na macieira?" Marco responde-lhe: "Não, não pôs um lenço branco na macieira diante da casa... há centenas em todas as macieiras que levam a casa!" ' Quem olhos para ver, veja! Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!
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